Moradores de São Cristóvão sofrem com falta d'água em meio a calor extremo

Rio - Nos primeiros dias de fevereiro, o estudante Davi Maia, de 21 anos, viu a torneira de casa secar. Desde então, o abastecimento de água na Rua São Januário, uma das principais vias de São Cristóvão, na Zona Norte, não voltou ao normal.

Davi diz que o fluxo oscila "entre um pouquinho e nada" e, quando a água volta a escorrer, sempre em pouca quantidade e com baixa pressão, precisa aproveitar para fazer uma reserva. Em um dos meses mais quentes do ano, ele e muitos de seus vizinhos estão há pelo menos duas semanas recorrendo a baldes para tomar banho.

Luís Antônio, de 59 anos, é dono de um estúdio de pilates próximo e também está sem água. Não tem o suficiente nem para a descarga do banheiro. Seus alunos têm o mesmo problema em suas casas: "Está faltando água na rua inteira". Diz, inclusive, que a academia em frente ao seu estabelecimento contratou um caminhão-pipa para manter os chuveiros abastecidos e as portas abertas.

Segundo ele, é a primeira vez que ficam tanto tempo nessa situação: "Já aconteceu de ter uns dois dias e no terceiro voltar a água, mas dessa vez tem duas semanas, no mínimo".

"Nunca faltou água. De uns cinco anos para cá passou a acontecer", completa Davi, que garante que uma equipe da Águas do Rio já foi chamada, mas que o problema persiste.

Procurada pela reportagem de O DIA, a empresa Águas do Rio, responsável pelo abastecimento da região, informou que trabalha para sanar o problema.

"Uma equipe está no local para verificar a ocorrência. Vale ressaltar que a onda de calor extremo que atingiu a Região Metropolitana do Rio de Janeiro impactou o sistema de distribuição de água, que apresentou baixas pressões em diferentes pontos, com intermitências pontuais, devido ao alto consumo no período", diz um trecho do comunicado.