Segundo o MPRJ, Angie Paola Parra Hoyos é integrante de uma organização criminosa - Reprodução
Segundo o MPRJ, Angie Paola Parra Hoyos é integrante de uma organização criminosaReprodução
Publicado 17/03/2025 19:45
Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) conseguiu a extradição de Angie Paola Parra Hoyos, colombiana acusada de integrar uma organização criminosa especializada no roubo de criptoativos no Rio. O grupo, composto por outros colombianos, aplicava golpes conhecidos como "Boa Noite, Cinderela", dopando as vítimas para furtar seus bens.
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Após cometer um assalto na cidade, em fevereiro de 2023, Angie Paola fugiu para os Emirados Árabes e, posteriormente, retornou à Colômbia. Em março de 2024, foi presa no Aeroporto Internacional de Rio Negro, ao tentar embarcar para a República Dominicana.
Com a prisão confirmada, o MPRJ, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Interpol, agilizou o pedido de extradição, que foi autorizado pelo governo colombiano e cumprido no dia 28 de fevereiro deste ano. Após ser entregue às autoridades brasileiras, Angie Paola foi encaminhada ao sistema penitenciário do Rio.
Fases da Operação Medellín
A prisão faz parte da Operação Medellín, deflagrada em dezembro de 2023. A primeira fase levou à denúncia de quatro colombianos, entre eles Angie Paola, pelo crime de roubo impróprio majorado. O grupo atuava no estado do Rio, onde dopava as vítimas para roubar celulares, dinheiro e criptoativos – em um dos casos, cerca de R$ 125 mil foram subtraídos. Durante as prisões, José Daniel Agudelo Puerta foi encontrado com um documento falso e também foi acusado de crime contra a fé pública.
Com a análise dos celulares apreendidos e a quebra de sigilo telefônico, os investigadores aprofundaram o caso, desencadeando a segunda fase da operação. Nessa etapa, os envolvidos foram denunciados por organização criminosa, lavagem de dinheiro e outros dois roubos impróprios. A Justiça aceitou a denúncia e determinou a prisão de seis colombianos, incluindo os quatro já indiciados na primeira fase. Além disso, outra cidadã colombiana foi capturada pela Interpol na Colômbia e aguarda extradição para o Brasil. 
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