A ginecologista Patrícia Magier orienta a viver melhor durante a menopausa - Divulgação
A ginecologista Patrícia Magier orienta a viver melhor durante a menopausaDivulgação
Publicado 25/03/2025 00:00
Rio - E de repente tudo fica muito confuso, a cabeça dá um nó, você tem vontade de sumir e os nervos estão à flor da pele sem nenhum motivo aparente. E Eis que surge ela, tão sorrateiramente, quanto a menarca (a primeira menstruação), vem para perturbar a vida das mulheres: a menopausa. Trata-se de um período muito difícil, que pode ser comparado a uma montanha-russa de emoções.A apresentadora Fernanda Lima disse, em entrevista, que até um dos seus filhos reclamou de quanto ela estava insuportável durante a chegada da menopausa. Já Fátima Bernardes teve que parar de fazer reposição hormonal por conta do câncer que teve. Disse ainda que os exercícios físicos estão ajudando muito.
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De acordo com profissionais de saúde, é possível amenizar e controlar os sintomas com mudanças no estilo de vida, autocuidado e apoio social. Alimentação equilibrada, exercícios físicos e técnicas de relaxamento, como ioga e meditação, ajudam a aliviar o estresse e a ansiedade.
Manter-se conectada com amigos e familiares e participar de grupos de apoio também pode fazer a diferença. Além disso, terapias como acompanhamento psicológico e terapia hormonal de substituição (THS) podem ser indicadas para mulheres que podem fazer. O importante é aceitar essaa fase como uma transição natural e buscar prazer em atividades diárias é essencial para o bem-estar.
Cuidados com a pele devem ser redobrados
E não é só mente, os fogachos e o humor que ficam alterados. A pele também sofre muito como explica a dermatologista Andréa Sampaio. "Durante a menopausa, a pele tende a ficar mais ressecada e sensível devido à queda dos hormônios. Para mantê-la saudável, é essencial investir em hidratação intensa, uso diário de protetor solar e produtos com ativos como ácido hialurônico e vitamina C. Além disso, uma alimentação equilibrada e a ingestão adequada de água ajudam a preservar a saúde da pele", explica a profissional.
A médica afirma ainda que é comum o aparecimento de manchas e acnes nesse período. "A queda do estrogênio e a alteração hormonal podem levar ao surgimento de manchas, principalmente o melasma, e ao aparecimento de acne tardia. A pele pode ficar mais oleosa em algumas áreas e mais ressecada em outras, exigindo cuidados específicos".
De acordo com a doutora Andréa Sampaio, alguns procedimentos podem ser realizados para manter a pele firme e hidratada. "Podem ser usados bioestimuladores de colágeno, lasers, microagulhamento e peelings, depende de cada caso. Cada tratamento deve ser indicado de acordo com as necessidades individuais da paciente".
Segundo a profissional, é bom evitar produtos com álcool na composição, sabonetes muito adstringentes e ácidos em alta concentração porque podem piorar o ressecamento e a sensibilidade da pele. "O ideal é optar por produtos suaves e hidratantes, sempre com orientação dermatológica", finaliza.
Mudanças significativas
A psicanalista e escritora Graça Duarte, de 57 anos, vive na pele as agruras dessa época, mas vai contornando do jeito que dá, o que nem sempre é fácil.
"Nos últimos anos, comecei a notar mudanças significativas em meu corpo e mente. A menopausa chegou de forma sutil, mas, com o tempo, os efeitos se tornaram mais evidentes. As ondas de calor foram um dos primeiros sinais que me incomodaram. Em momentos inesperados, me sinto suando excessivamente, mesmo em ambientes frescos. Isso me deixa desconfortável, especialmente em reuniões sociais ou durante o trabalho. Percebi que as noites de sono não são mais as mesmas. A insônia se tornou uma companheira indesejada, e frequentemente acordo no meio da noite, lutando para voltar a dormir. A memória também não é a mesma", conta ela, que percebeu mudanças nas mínimas coisas.
"Além dos sintomas físicos, também enfrento mudanças emocionais. Mais irritada e ansiosa do que costume . Pequenas coisas que antes não me incomodavam passaram a gerar estresse. A libido, que antes era uma parte importante da vida, também começou a diminuir. Estou lendo muito sobre a menopausa para cuidar melhor e controlar os sintomas. Faço terapia, yoga e meditação, o que ajuda com a ansiedade. Mudanças na dieta, como a inclusão de mais frutas, vegetais e alimentos ricos em cálcio, também tiveram um impacto positivo na minha saúde".

Apesar dos inúmeros incômodos, ela tenta tirar um lado positivo. "Embora a menopausa tenha trazido desafios, comecei a ver essa fase como uma oportunidade de autoconhecimento e crescimento. Com um novo olhar sobre a vida".
Especialistas dão dicas de como viver melhor
Em entrevista ao jornal O DIA, as ginecologistas  Patrícia Magier e Fernanda Torras falam sobre o assunto e dão orientações para quem está passando pela menopausa.

O DIA: Nessa fase da vida são comuns os calores excessivos e a mudança de humor. Como a mulher e quem está em volta devem agir? A apresentadora Fernanda Lima deu uma entrevista afirmando que um dos seus filhos disse q ela estava insuportável.
Patrícia Magier: A gente sabe que os calores e essas oscilações do humor são sintomas muito comuns não só da menopausa, mas alguns anos que antecedem a própria menopausa quando já começa a ter a queda hormonal e é bastante desafiador tanto para mulher quanto para parceiro como filhos nas suas relações sociais. Então a primeira coisa que é importante é entender que isso não é uma frescura e também não é um exagero. As pessoas precisam entender que é uma resposta biológica à queda dos hormônios especialmente do estrogênio e é importante que elas entendam que isso na verdade.
A pessoa não está assim porque ela quer e que também não é nada pessoal mas também não adianta fazer nada com isso. A mulher também tem que buscar orientação médica avaliar quais as estratégias terapia hormonal é indicada no caso. Adotar hábitos que podem ajudar a equilibrar a parte emocional, meditação, alimentação anti-inflamatória, uma boa higiene do sono, com boa qualidade de sono, relaxamento, se precisar de terapia, mas também tratar a questão hormonal quando não houver contraindicação.
E para a família por seu lado, entendendo o que a mulher está vivendo nesse momento, ter paciência, ter empatia e entender que ela também está buscando ajuda. E não adianta ela se sentir incompreendida, pressionada, que só vai piorar. Então a família por sua vez entender que é uma fase, é um momento, e ver que essa mulher também está buscando ajuda, porque ela também está se apercebendo que não está com o jeito que ela sempre foi. Então ela vai procurar a orientação de como passar essa fase da melhor maneira possível para impactar o menos possível e voltar a harmonia das suas relações.
Fernanda Torras: Na fase de climatério pré-menopausa, onde os sintomas começam a aparecer, sendo comuns os relatos de onda de calor (fogachos), irritabilidade ou estado mais depressivo, a mulher deve buscar auxílio médico e iniciar os tratamentos hormonais ou não hormonais (suplementação e cuidados com saúde) o mais precoce possível.

Atividade física regular, controle na alimentação e cessar tabagismo são grandes aliados nesta fase. Além disso, a suplementação nutricional é outro fator importante, pois é comum na fase de climatério o desenvolvimentos de deficiências nutricionais como ferro, vitamina D e B12, que influenciam muito no estado de humor e disposição da mulher.

Indico também fazer investigação de saúde e atenção aos sintomas da mulher, porque são necessários para que, se constatar déficit hormonal, a terapia hormonal seja prontamente iniciada. Para familiares, é importante a divulgação e orientação sobre esse fase de vida da mulher, para que entendam possíveis modificações comportamentais: o climatério chegará a todas as mulheres.
O DIA: Muitas mulheres querem fazer a reposição hormonal e algumas profissionais não aconselham. Outras fazem e param no meio do caminho porque sentem algumas alterações no corpo. Qual a sua opinião a respeito da reposição hormonal?

Patrícia Magier: eu acho que é importante você orientar a paciente porque fazer a reposição hormonal. Ela não é obrigatória, mas a gente sabe que a mulher que faz reposição hormonal vai estar protegida da maior causa de morte nas mulheres pós-menopausa que a doença cardiovascular. Ela vai ser protegida da perda óssea e do risco de osteoporose. Alterações, sistema nervoso, a reposição hormonal protege além de melhorar vários outros sintomas. Cansaço, libido, memória, disposição, pele, cabelo, região íntima. Então você tem uma série de outros benefícios na reposição hormonal. Então quando ela é bem indicada eu sou muito favorável.
Sim, desde que seja feita com acompanhamento médico, hormônio bioidêntico, preferencialmente pela via periférica, e avaliar sempre risco-benefício. Se ela traz mais benefício do que risco, melhorando sintomas e promovendo doença, não tem porquê ser contra a terapia de reposição hormonal. Agora precisa ser um médico especialista que entenda de terapia de reposição hormonal, que saiba fazer ajustes, saiba fazer o acompanhamento, ajustar as dosagens, alinhar a expectativa, passar a segurança e, principalmente, passar a informação para essa mulher, para ela também se sentir segura.
Quando se tem alguns efeitos colaterais, mudanças no corpo, inchaço, sensibilidade no seio, normalmente isso se ajusta com a dose. Provavelmente está com uma dose que não está ajustada para aquela mulher. A terapia de reposição hormonal é individualizada, sim, e repondo hormônios isomólicos. Que são iguais aos hormônios que a mulher produzia, então não tem por que a mulher ficar sofrendo se ela tem possibilidades de ter uma terapia hormonal bem feita, ajustada, personalizada na dose, porque uma terapia hormonal quando é individualizada e a dose correta vai trazer muito mais benefício do que risco.
Fernanda Torras: A reposição, quando bem indicada e acompanhada, traz muita melhora não só para os sintomas, mas também para os riscos futuros metabólicos, cardiovasculares, proteção para osteoporose, entre outros. As contra-indicações devem ser bem definidas pelos médicos, sendo contra-indicações absolutas hoje: câncer de mama prévio ou atual, câncer de endométrio, trombose aguda ou prévia, sangramento uterino anormal não diagnosticado, doença cérebro-vascular (avc, infarto do miocárdio), doença hepática, porfiria (condição rara sanguínea), lupus eritematoso sistêmico com risco de trombose. Para demais riscos, a contra-indicação é relativa e deve ser individualizada.

Quando iniciada, a mulher deve ter acompanhamento médico regular pois nem toda prescrição será ideal para todas as mulheres. Efeitos colaterais, principalmente na adaptação de reposição podem acontecer, como inchaço e sangramento vaginal; neste caso, reavaliação das dosagens e formas de reposição devem ser revisadas. Quando adaptada, dificilmente haverá descontinuidade pela paciente, diante dos benefícios apresentados.

O DIA: E as mulheres que têm ou tiveram câncer e não podem fazer reposição hormonal, como elas devem proceder?
Patrícia Magier: No caso das mulheres que têm ou tiveram câncer, principalmente o câncer de mama, a gente, pelos guidelines, pelos trabalhos científicos, a gente sabe que não tem liberação para o uso de terapia hormonal nas pacientes com histórico de câncer, quando elas tiveram câncer de mama, mesmo que já estejam em período de pós-acompanhamento, já passaram-se os 10 anos depois do câncer, estão curadas, ainda não temos liberação para fazer a terapia de reposição hormonal, mas não quer dizer que não possa tratar.
Existem várias outras alternativas, fitoterapias com evidências científicas podem ser feitas, alguns antidepressivos específicos para a diminuição dos fogachos, alguns antidepressivos a melhor da parte, sintomas como ansiedade, depressão, mudança na alimentação, você pode orientar com alimentos à base de soja ou de sementes que também possam estar ajudando para melhorar alguns sintomas da menopausa, estimular a prática de exercício físico, higiene do sono, fitoterápicos, minerais, suplementação, técnicas com acupuntura, mindfulness, ioga, terapia com um psicólogo para poder ser um espaço terapêutico que ela está tratando as questões emocionais.
Então o que não pode é, estou condenada à menopausa porque eu não posso ter terapia hormonal e com isso não fazer mais nada. Temos muitas outras alternativas que podem melhorar a qualidade de vida da mulher da menopausa, mesmo quando não pode fazer reposição hormonal. Toda parte de laser para melhorar região íntima, tecnologias, fisioterapia pélvica e tal, sim. Não se acomodar, acolher essa qualidade de vida da mulher. O mais importante é que ela não se conforme com o sofrimento, busque estratégica para melhorar a qualidade de vida dela.
Fernanda Torras: No câncer de mama é  contra-indicada a reposição hormonal, assim, como câncer de endométrio. Nesses casos, terapias não hormonais podem ser prescritas, visando controle de cada sintoma que a menopausa gerou, como alguns tipos de fitoterápicos, classe de antidepressivos com finalidade de controlar os fogachos, cremes vaginais e laser vaginal para controlar a atrofia vaginal da menopausa.

O DIA: Muita gente fala sobre alguns chás como o de amora e até a maca peruana. Esses chás ajudam mesmo ou trata-se de apenas mito?
Patrícia Magier: Algumas plantas têm alguns compostos que auxiliam no equilíbrio hormonal, mas não tem milagre. A gente sabe que o chá de amora, por exemplo, tem flatonóides, tem fitoestrógenos que podem dar uma aliviada nos fogachos, alimentos à base de soja também podem ajudar, chá de erva-doce a gente pode usar para sono. Então a gente tem realmente tanto uso de chás como uso de sementes e suplementos, eu gosto bastante como uma alternativa a tratar sintomas na menopausa.
A maca peruana é conhecida por melhorar a energia, a disposição, tem um efeito até na libido, no humor. Agora a intensidade dos sintomas varia muito de uma mulher para outra e esses recursos, que são recursos naturais, muitas vezes ajudam, mas não tratam. Então a gente recomenda a combinação de estratégias, pode lançar a mão da alimentação junto com chá, junto com as sementes, atividade física, suplementação, para ter um equilíbrio mais eficaz.
Fernanda Torras: Alguns chás podem, sim, ajudar a aliviar sintomas leves da menopausa. O chá de amora, a maca peruana e o chá de cúrcuma (açafrão-da-terra) são bastante procurados porque contêm compostos fenólicos e flavonoides, que possuem ação antioxidante e anti-inflamatória. Esses compostos podem colaborar no equilíbrio hormonal, ajudando a reduzir os fogachos, melhorar o humor e aliviar dores articulares, que são queixas frequentes nessa fase.

A ingestão de alimentos ricos em fitoestrógenos, como a soja e seus derivados, também pode ser uma opção natural para amenizar alguns sintomas. Esses recursos são naturais e auxiliam nos sintomas de muitas mulheres, porém, o efeito costuma ser mais sutil quando comparado a reposição hormonal. Quando os sintomas são mais intensos, é fundamental buscar orientação médica para avaliar outras opções de tratamento. 
O DIA: Como a mulher deve fazer para ficar mais calma nesse período. Tem algum exercício físico específico para quem está na menopausa?
Patrícia Magier:  Na verdade o que a gente quer é um ajuste de neurotransmissores, serotonina, dopamina, prevenção da ansiedade, que é uma questão muito comum, da depressão, então a gente sabe que a menopausa, o hipoestrogenismo gera maior sensibilidade ao estresse, então para ter mais calma, o primeiro passo é regular o cortisol, que é esse hormônio do estresse, e a gente pode regular o cortisol através de algumas ações. Atividade física, os exercícios mais indicados para a mulher na menopausa é musculação funcional, exercícios de força, pois ajudam a manter a massa muscular e regula o hormônio, a gente sabe que o tecido muscular tem ação antiinflamatória.
Os exercícios aeróbicos moderados, caminhada, dança, eles também são excelentes porque aumenta a dopamina e podem estar te ajudando no humor. Exercícios para, por exemplo, de respiração e mindfulness, meditação. Eles também reduzem bastante os picos de estresse e sempre manter um sono de boa qualidade porque se você dorme mal a tua irritabilidade aumenta, a tua performance diminui. Então ter uma rotina de higiene de sono pode fazer toda a diferença e isso aumentando neurotransmissores são dopamina, epinefrina, serotonina, a gente tem estratégias sim que você pode estar fazendo e a gente vê impactos além de suplementação, uso de magnésio também, a gente está sem ação, taurina também tem uma ação a nível cerebral, então o que não pode é deixar de tratar.
Fernanda Torras: Exercício físico de moderada intensidade pelo menos 150 minutos semanais. A musculação tem importante indicação nesta fase, para reduzir a perda muscular, melhorar metabolismo e funcionamento cognitivo. Indico a prática de yoga e prática de mindfulness, pois são atividades com comprovação na melhora do bem- estar, sono, cognição e comportamento.

O DIA: Quando a mulher é jovem e sofre muito de TPM significa que ela terá uma menopausa complicada também? Ou não tem nada a ver?
Patrícia Magier: Não necessariamente. A gente sabe que mulheres têm TPM muito intensa, elas são sensíveis a variações hormonais. Então se você tem um ciclo que você não ovula, que você tem uma predominância estrogênica, é onde pode manifestar uma TPM. Então essa instabilidade hormonal, essa montanha-russa de um ciclo hormonal pode gerar sintomas em algumas mulheres. Mas isso não quer dizer que quando você estiver entrando na transição menopausal, onde vai ter também a fase que seus hormônios vão entrar em desequilíbrio, que você vai ter uma menopausa complicada.
Até porque os maiores sintomas da menopausa é pela queda do estrogênio e da TPM e pela predominância estrogênica. Então são mecanismos diferentes, mas se a pessoa tem uma hipersensibilidade à variação. Hormonal sim pode ser um fator de predisposição quando essa variação hormonal ocorrer para menos lá na menopausa ela ter mais sintomas do que aquela que é menos sensível essas variações hormonais mas é importante falar que isso não é uma sentença o estilo de vida faz toda a diferença se essa mulher se prepara ao longo dos anos com bons estilos de vida com hábitos saudáveis com atividade física com equilíbrio hormonal ela tranquilamente pode ter uma menopausa muito mais tranquila.
Fernanda Torras: Nem sempre uma mulher que sofre com a TPM terá uma menopausa complicada. São fases diferentes da vida, mas algumas mulheres com sensibilidade maior às oscilações hormonais podem ficar mais sintomáticas no climatério-menopausa. Estudo concluiu que mulheres que tinham TPM mais intensa podem ter menopausa antecipada. Em contrapartida, a TPM mais intensa é um sintoma de climatério, pois antes do esgotamento hormonais há picos intensos e oscilações que geram mais TPM na fase de climatério.
O DIA: Quais as orientações que a senhora poderia dar para que esse período não seja tão difícil?

Patricia Magier: A primeira delas é que essa fase não precisa ser sinônimo de sofrimento, o segredo é se preparar para ela e adotar estratégias para receber essa menopausa, essa transição de uma forma muito amena, tranquila, se preparando para a chegada da menopausa, não esperando ela chegar para começar a fazer, mas ir fazendo durante essa transição.
Ter conhecimento é poder, ter informação, conversar com as amigas, acompanhar com seus ginecologistas, informação de qualidade, ter orientação de cada fase do que você pode sentir, porque quando você tem o conhecimento, só o fato de não ser uma coisa totalmente nova, isso já gera uma sensação de eu já sei que eu vou passar por isso e já tem a estratégia de como você vai vencer essa etapa. Prática de atividade física.
O exercício físico ajuda muito a questão do humor, da ansiedade, do seu banco de músculos, então ajuda bastante para a sua qualidade de vida, vai ajudar no sono, então uma determinada atitude repercutindo de várias outras formas, melhorando vários outros setores.
Ter uma boa alimentação, priorizando proteína, gordura boa, alimento natural, evitar alimentos inflamatórios, como açúcar, ultraprocessados, ter uma boa qualidade de sono, que um sono ruim piora muito os sintomas da menopausa, ter uma rotina para te ajudar a reter um sono reparador, controlar o estresse, com respiração, meditação, fazer coisas que você gosta de fazer, estar com as amigas, trocar experiências e, logicamente, considerar sempre suplementação, equilibrar suas vitaminas, seus minerais e a reposição hormonal, se não for indicada para o seu caso, melhora muito a qualidade de vida.
A menopausa é o fim da vida reprodutiva, mas não marca o fim de nada, não marca o fim da vida produtiva. Pode ser o começo da sua melhor fase. O importante é cuidar da saúde e viver de forma plena esse momento com leveza e autocuidado.
Fernanda Torras: Cuidar da saúde física e mental, antes mesmo de o climatério chegar. Ter a alimentação adequada (rica em vegetais, pobre em gorduras saturadas, rica em proteínas, rica em cálcio), atividade física regular (musculação, yoga, pilates), higiene de sono, cessar tabagismo e etilismo, são dicas para a mulher em toda fase da vida. As mulheres com estilo de vida saudável sentem menos essa chegada do climatério e menopausa, além de melhor resposta e respostas mais rápida as terapias hormonais prescritas.
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