Familiares e amigos estiveram no IML para reconhecer e liberar corpo de LucianoÉrica Martin / Agência O Dia
Publicado 27/08/2025 12:33
Rio - Luciano de Oliveira de Freitas, de 25 anos, foi encontrado morto, com sinais de espancamento, na madrugada desta terça-feira (26), na linha férrea, próximo à Estação Mercadão de Madureira, na Zona Norte. Uma das hipóteses da motivação para o crime é homofobia.
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A vítima trabalhava em um restaurante em um shopping de Del Castilho, na Zona Norte. De acordo com amigos, ele deixou o trabalho, na noite de segunda-feira (25), e parou em uma barraca, próxima ao viaduto de Madureira, para tomar uma cerveja. Esta foi sua última localização.
"Quando o Victor [namorado da vítima] acordou de manhã, viu que ele não tinha retornado para casa. Ele foi até a barraquinha onde o Luciano costumava tomar cerveja e perguntou para a dona. Ela disse que ele realmente passou por ali, mas que não tinha outra informação. A gente procurou em UPAs e hospitais da redondeza e nenhum Luciano de Oliveira de Freitas tinha dado entrada. A gente foi na delegacia prestar queixa do sumiço e, quando demos o documento, informaram que o corpo dele tinha dado entrada no Instituto Médico Legal (IML)", disse Juliana Vieira, de 25 anos, comadre de Luciano.
Familiares e amigos estiveram no IML Afrânio Peixoto, no Centro, nesta quarta-feira (27), para reconhecimento e liberação do corpo. A família agora busca entender como a morte ocorreu. Até o momento, nenhuma hipótese foi descartada. 
"Queremos entender como ele foi parar ali. O sentido é totalmente contrário da casa dele. O que levou ele até ali? O Luciano era um homem grande, tinha 1,90m, era pesado. A gente acredita que não tem como ele ter sido arrastado até lá. Queremos alguma resposta. Ele foi morto de uma forma tão brutal", completou Juliana.
Ainda de acordo com os amigos, a vítima tinha o sonho de cursar Medicina e morava junto com o namorado, o jovem Victor Bohrer, de 21 anos. 
"Luciano foi brutalmente espancado, mas o que levou a isso é uma incógnita. Ninguém sabe. Essa altura do campeonato surge milhões de coisas na cabeça. Pensamos em homofobia ou até que ele se encontrou com alguém. Só queremos justiça", disse Victor.
Segundo a Polícia Militar, agentes do Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer) foram acionados para o caso. No local, a equipe encontrou o homem já sem vida e isolou a área para perícia. Posteriormente, o cadáver foi levado para o IML.
O caso é investigado pela 29ª DP (Madureira). A Polícia Civil informou que testemunhas e familiares prestam depoimentos, enquanto agentes realizam outras diligências para apurar a autoria e a motivação do crime.
O enterro acontecerá na manhã desta quinta-feira (28), no Cemitério de Carlos Sampaio, em Austin, Nova Iguaçu.
 *Colaborou Érica Martin
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