Meia Maratona do Cristo atrai 1,5 mil corredores brasileiros e estrangeiros

Rio - A Meia Maratona do Cristo, neste domingo (19), levou 1,5 mil corredores por um percurso entre a Floresta de Tijuca, o Trenzinho do Corcovado e o Largo do Boticário, no Cosme Velho, Zona Sul do Rio. A chuva e o céu nublado não foram empecilhos para os participantes de 16 a 80 anos que percorreram o trajeto até o monumento. Além dos cariocas, a prova também atraiu diversos turistas brasileiros e de outros países. 

Os primeiros corredores a cruzarem o pórtico de chegada, aos pés do Cristo Redentor, antes da abertura do monumento ao público, por volta das 6h30, foram agraciados com manta térmica, capa de chuva, chás e cafés para amenizar o frio. A prova teve início pela Floresta da Tijuca, depois os competidores desceram pelo Trenzinho do Corcovado e finalizaram a corrida em uma roda de samba no Largo do Boticário. Os participantes estavam divididos em duas distâncias, de 10k e 21k.

O tetracampeão, atleta profissional e educador físico, Daniel Heleno, foi o primeiro a cruzar a linha de chegada nos 10k. "Apesar de não ser a minha primeira vez nesta prova, a sensação é sempre única, é maravilhosa. Eu sou brasileiro, sou carioca, nasci no berço do samba. Vim para bater o meu recorde da prova, mas hoje fui obrigado a mudar a estratégia, mesmo assim estou satisfeito com o resultado. É uma felicidade inexplicável. Parece que segurei minha filha no colo, então a sensação é única", declarou o campeão dos 10k em cinco edições da Meia Maratona do Cristo.

Entre as mulheres da menor distância, a vencedora foi Bianca Ferreira, que ficou em primeiro lugar em todas as edições da prova. "Estou muito feliz, adoro o percurso, faço questão sempre de estar aqui e pretendo continuar vindo nessa prova maravilhosa. Sou carioca e estou sempre treinando aqui, apesar de ser um percurso comum para mim, o lugar é lindo e isso me motiva. É sempre um prazer estar aqui", afirmou a profissional de educação física.

Nos 21k, Rodrigo Botelho passou em primeiro lugar no pórtico. "Essa prova é muito especial porque eu já tinha batido na trave algumas vezes, mas hoje depois de quatro edições eu ganhei. A prova foi muito dura com essa chuva, mas a temperatura estava muito boa. Esse final é sempre muito duro, não é novidade para ninguém. É bem íngreme e a gente vem já de uma descida forte, mas estava bem preparado", comemora.

Já na maior distância do feminino, Luiza Cravo foi a mulher mais rápida. "Foi uma prova muito divertida. A chuva é um pequeno perrengue, mas basta ter atenção para não escorregar, não acelerar na descida ainda mais eu que não sou de trilha. É uma prova linda de qualquer jeito, mesmo com essa chuva, não perde nada. Eu amo fazer subidas, me divirto muito", celebra a bicampeã dos 21k, que conquistou o primeiro título em 2023. 

Na edição deste ano, a prova quebrou o recorde de participantes estrangeiros, com a vinda de corredores de quase 30 países. "Estar presente na Meia Maratona do Cristo, especialmente em um ano tão simbólico para a Olympikus, é mais do que apoiar uma prova: é celebrar a conexão profunda que temos com os corredores e com a energia única do Rio de Janeiro. Ver milhares de pessoas, de diferentes idades e nacionalidades, enfrentando chuva e subida para chegar aos pés do Cristo Redentor é inspirador. Essa prova traduz perfeitamente o que acreditamos, que correr é sobre superação, emoção e comunidade", apontou a gerente de marketing da Olympikus, patrocinadora da Maratona, Bianca Dallegrave. 

O percurso com as mais belas paisagens do Rio é um dos grandes atrativos da competição. "Esta é uma prova que desperta o interesse em quem nunca fez esse passeio turístico, mas também instiga quem já fez a voltar, porque tem o apelo de você correr numa floresta dentro da cidade, desfrutando dessa beleza natural, mas também ir atrás de performance para provas mais duras. Todo mundo busca celebrar uma conquista ao cruzar a linha de chegada", pontuou a diretora da Meia do Cristo e sócia da Effecf Sport, Claudia Porto. 

A Meia Maratona do Cristo é a primeira prova licenciada pelo Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor e parte da renda é revertida para as obras sociais atendidas pelo Consórcio Cristo Sustentável. A prova também fez parte do calendário comemorativo dos 94 anos do monumento, em conjunto com as ações do Núcleo Esporte e Fé do Santuário, que promove o compromisso com o esporte.