Ato contou com quatro cruzes, imagens dos agentes e camisas da corporação na Praia de CopacabanaÉrica Martin / Agência O Dia
Publicado 04/11/2025 14:45
Rio - Uma semana após a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, que terminou com 121 mortes, a ONG Rio de Paz encerrou nesta terça-feira (4), na Praia de Copacabana, o ato em homenagem aos quatro policiais que perderam a vida no confronto com criminosos.
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A ONG instalou na quinta-feira passada (30) quatro cruzes com as imagens dos agentes, camisas das polícias Civil e Militar e uma placa com a frase 'Direitos humanos não têm lado'. O encerramento do ato uma semana após as mortes teve um gesto simbólico de solidariedade às famílias.
"É chegada a hora dos movimentos de direitos humanos entenderem que a farda não destitui o ser humano dos seus direitos. Muitas vezes ignoramos a vida do policial e de sua família, especialmente quando ele tomba em operação", afirmou Antônio Carlos Costa, fundador da Rio de Paz.
De acordo com Antônio, a mensagem central do movimento é a defesa da vida em todas as circunstâncias.
"Direitos humanos não têm lado. É inadmissível defender direitos humanos e, ao mesmo tempo, tratar alguns seres humanos como se não fossem. Nós fazemos atos pelos dois lados. Toda vida importa", concluiu.
Criada em 2006, a Rio de Paz é conhecida por realizar atos simbólicos em locais públicos para denunciar a violência e homenagear vítimas. A ONG costuma montar cruzes também na Lagoa Rodrigo de Freitas em casos de mortes de crianças por balas perdidas, por exemplo.
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