Publicado 12/11/2025 18:54
Rio - A Justiça do Rio realizou, nesta quarta-feira (12), a primeira audiência de instrução e julgamento do processo contra o comerciante chinês acusado de matar a jovem Marcelle Júlia Araújo da Silva, de 18 anos. Zhaohu Qiu, de 35 anos, conhecido como Xau, permaneceu sentado no banco dos réus durante toda a sessão, enquanto familiares e amigas da vítima prestavam depoimento na sua frente. Ao todo, sete pessoas foram ouvidas na 2ª Vara Criminal.
PublicidadeDurante a audiência, Xau manteve-se em silêncio e de cabeça baixa, sem demonstrar qualquer reação ou sinal de arrependimento. Segundo as investigações, o comerciante matou Marcelle e, em seguida, jogou o corpo para que fosse devorado por cães em uma casa na comunidade Beira Rio, na Pavuna, Zona Norte do Rio. O crime aconteceu em junho deste ano. Após o assassinato, o acusado fugiu para São Paulo, onde acabou sendo localizado e preso.
A primeira testemunha ouvida foi a mãe de Marcelle, que se mostrou visivelmente abalada ao reencontrar o réu. Em seguida, a tia da vítima, Cláudia Luciano de Araújo, prestou depoimento e relatou o desconforto de falar frente a frente com o homem acusado de tirar a vida da sobrinha.
"Ele estava na minha frente, se manteve frio e calculista durante todo o tempo enquanto eu falava da Marcelle. No interrogatório, me perguntaram sobre ela e sobre as buscas que fizemos na época para encontrá-la", contou Cláudia.
Um dia após o desaparecimento de Marcelle, amigos e familiares se mobilizaram nas buscas, percorrendo o bairro em busca de pistas. Quando encontraram o corpo da jovem, a polícia foi acionada e deu início às investigações.
Três amigas de Marcelle, que também tinham relação de amizade com Xau, foram ouvidas. Uma delas, de 19 anos, conversou com O DIA e disse que ainda busca entender o motivo do crime. "Até hoje não sabemos por que isso aconteceu. Éramos amigos há uns quatro ou cinco anos, estávamos sempre juntos. Nesse dia, ele também me chamou para ir à casa dele, mas estava muito frio e eu preferi não ir. Tem sido muito difícil lidar com tudo isso", disse a jovem, que preferiu não se identificar.
Outros dois homens também prestaram depoimento ao TJRJ. Um deles é outro cidadão chinês, que trabalhava com Xau e dividia a casa onde o corpo foi encontrado. Por não compreender bem o português, ele contou com o auxílio de um intérprete. O segundo homem é o proprietário do imóvel, que confirmou ter alugado o espaço ao réu.
"Ele estava na minha frente, se manteve frio e calculista durante todo o tempo enquanto eu falava da Marcelle. No interrogatório, me perguntaram sobre ela e sobre as buscas que fizemos na época para encontrá-la", contou Cláudia.
Um dia após o desaparecimento de Marcelle, amigos e familiares se mobilizaram nas buscas, percorrendo o bairro em busca de pistas. Quando encontraram o corpo da jovem, a polícia foi acionada e deu início às investigações.
Três amigas de Marcelle, que também tinham relação de amizade com Xau, foram ouvidas. Uma delas, de 19 anos, conversou com O DIA e disse que ainda busca entender o motivo do crime. "Até hoje não sabemos por que isso aconteceu. Éramos amigos há uns quatro ou cinco anos, estávamos sempre juntos. Nesse dia, ele também me chamou para ir à casa dele, mas estava muito frio e eu preferi não ir. Tem sido muito difícil lidar com tudo isso", disse a jovem, que preferiu não se identificar.
Outros dois homens também prestaram depoimento ao TJRJ. Um deles é outro cidadão chinês, que trabalhava com Xau e dividia a casa onde o corpo foi encontrado. Por não compreender bem o português, ele contou com o auxílio de um intérprete. O segundo homem é o proprietário do imóvel, que confirmou ter alugado o espaço ao réu.
Relembre o caso
Marcelle Júlia foi encontrado morta em 14 de junho, no interior de uma residência, na Rua São Fidélis, nº 113, na comunidade Beira Rio. A jovem havia parado de fazer contato com a família e amigos dois dias antes. O corpo dela acabou sendo encontrado em uma das residências de Zhaohu Qiu, que estava desocupada por causa de obras, enrolado em uma lona azul, parcialmente devorado por cães.
A Delegacia de Homicídio da Capital (DHC) obteve imagens de câmeras de segurança que mostram a vítima chegando à casa de Xau de bicicleta. Em outro vídeo, o suspeito aparece saindo de casa, na manhã do dia 12 de junho, puxando um carrinho coberto por uma lona azul, semelhante à que enrolava o corpo da vítima. O chinês vendia yakisoba em um food truck no Jardim América, também na Zona Norte, e era vizinho de Marcelle. Ele seria próximo da família da vítima e teria uma paixão não correspondida por ela.
A DHC concluiu as investigações e indiciou Xau pelo assassinato da jovem. De acordo com a Polícia Civil, o comerciante confessou o assassinato e que utilizou um carrinho de mão coberto com uma lona para transportar o corpo da casa onde ele morava até a residência que estava em obras. O trajeto tem cerca de 800 metros.
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