Polícia Federal deflagra a terceira fase da Operação Fake Agents Divulgação / PF
Publicado 13/11/2025 08:40
Rio - A Polícia Federal cumpre quatro mandados de busca e apreensão na casa de funcionários da Caixa, na manhã desta quinta-feira (13). A ação é a terceira fase da Operação Fake Agents, que apura a falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa relacionados a saques fraudulentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de jogadores de futebol, ex-jogadores e treinadores. Cerca de R$ 7 milhões foram desviados.

Dos quatro mandados, três são em casas de funcionários da Caixa, na Tijuca, em Ramos e em Deodoro, e um em uma agência da estatal localizada no Centro do Rio.

De acordo com as investigações, novas vítimas do grupo foram identificadas, entre elas, diversos jogadores de futebol e ex-jogadores tanto nacionais quanto estrangeiros, além de treinadores brasileiros. Segundo as apurações, foram desviados cerca de R$ 7 milhões a partir do esquema.
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Entre as vítimas, estão os jogadores Ramires Santos do Nascimento, Alejandro César Donati, Christian Chagas Tarouco, Raniel Santana de Vasconcelos, Gabriel Fernando de Jesus, Manuel Brito filho (Obina), Christian Alberto Cueva Bravo, Joao Robin Rojas Mendoza, Paulo Roberto Falcão e mais.

Uma advogada chefiava o grupo. Joana Costa Prado de Oliveira usava contatos em agências da Caixa do Rio para facilitar o levantamento dos FGTS. Ela teve a carteira da OAB suspensa. A investigação foi iniciada após um banco privado encaminhar notícia-crime à PF sobre uma possível fraude cometida em uma de suas agências.

Uma conta bancária havia sido aberta com documentos falsos em nome de um jogador de futebol peruano, com o posterior recebimento ilegal de valores vindos da Caixa. Os valores eram relativos à solicitação fraudulenta de recursos do FGTS daquele jogador. Apenas da conta deste atleta, estima-se um prejuízo de cerca de R$ 2,2 milhões.

Os investigados poderão responder pelos crimes de falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa, sem prejuízo de outros delitos que possam ser eventualmente revelados no decorrer das apurações.

A ação foi coordenada pela Unidade de Investigações Sensíveis da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (UIS/DELEFAZ) da PF no Rio de Janeiro, com apoio da Área de Inteligência e Segurança da Caixa.
Procurada, a Caixa informou que mantém uma equipe técnica altamente qualificada, dedicada à identificação e mitigação de vulnerabilidades, além de promover melhorias contínuas em seus mecanismos de segurança, com foco na prevenção de fraudes e na proteção dos dados dos clientes.
"O banco reforça que atua em parceria com a Polícia Federal e demais órgãos de controle na investigação e repressão a fraudes. Todos os casos identificados são tratados com rigor, e os valores movimentados indevidamente são integralmente restituídos aos clientes", seguiu a nota enviada ao DIA.
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