Operação Apócrifo apura esquema de fraudes da Justiça do TrabalhoDivulgação / PF
Publicado 11/12/2025 11:17 | Atualizado 12/12/2025 07:12
Rio - A Polícia Federal deflagrou a Operação Apócrifo, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e em Valença, no Sul Fluminense, na manhã desta quinta-feira (11). A ação teve o objetivo de investigar um esquema de desvio de valores das contas da Justiça do Trabalho que seriam destinados ao pagamento de alvarás judiciais, no Rio.
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Os agentes cumpriram sete mandados de busca e apreensão em residências de investigados. Um servidor da Justiça do Trabalho é um dos alvos. As investigações apontaram que os envolvidos desviaram cerca de R$15 milhões, entre os anos de 2022 e 2025.

De acordo com a PF, um esquema habilitava terceiros que não faziam parte dos processos judiciais e os colocava como beneficiários de valores a receber. O inquérito foi instaurado com base em informações do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, que identificou irregularidades no pagamento de alvarás judiciais com possibilidade de participação de servidores próprios.

O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-RJ) deu apoio às investigações, fornecendo informações e documentos necessários ao andamento dos trabalhos. Por meio de nota, o TRT-RJ informou que, por meio de sua Corregedoria Regional, constatou irregularidades na expedição de alvarás pela 2ª Vara do Trabalho de Nova Iguaçu.
"Sem que pairasse qualquer dúvida quanto à idoneidade do magistrado e servidores que tiveram suas credenciais digitais relacionadas às irregularidades, foram determinados os afastamentos de suas atribuições, enquanto as investigações são concluídas. Não obstante, atendendo a requerimento do próprio magistrado, o diretor de secretaria da 2ª VT/NI foi exonerado do cargo comissionado. Do mesmo modo, o magistrado já havia determinado o bloqueio das contas correntes distintas das que são efetivamente relacionadas aos beneficiários dos processos judiciais em questão. Em sessão desta quinta-feira (11/12), o Órgão Especial do TRT-RJ determinou a abertura de Processo Administrativo em face do magistrado, ratificando-se seu afastamento enquanto perduram as investigações", seguiu a nota.
Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato e inserção de dados falsos em sistemas de informação.
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