"Macaca! Piranha! Seu gordo!" Esses foram os xingamentos que a repórter Julie Alves, do 'Fala Baixada', da CNT, foi obrigada a escutar junto com seu cinegrafista num posto de saúde do Parque Mucajá, em Japeri.
Era pra ser mais um dia normal de trabalho, mas acabou na delegacia...
Julie fazia matéria sobre um lixão ao lado da Unidade Mista de Engenheiro Pedreira (UMEP), quando resolveu procurar o diretor do local para falar sobre o tal lixão.
Do nada, esse covarde, Clodoaldo Silva de Souza, o diretor, aparece para intimidar e agredir, só porque achou que Julie faria alguma denúncia sobre a saúde do município.
É lamentável! Até um tapa na mão ela levou, deixando o microfone cair.
"Eu fiquei com tanto medo que a minha pressão chegou a subir. Ele parecia um jagunço! Só conseguia pensar no meu bebê de 10 meses", conta Julie.
Ê tempo difícil esse que a gente tá vivendo... Em um ato, a gente pôde constatar racismo, machismo, gordofobia, violência contra a mulher... Sem falar na censura contra uma repórter, que estava ali para exercer seu direito de trabalhar e informar o povo!
Aliás, isso é o que a gente mais vê por aí agora. Jornalistas sendo impedidos de trabalhar, por causa desse discurso nojento de ódio.
Segundo Julie, depois do que aconteceu, ela foi levada para a sala da secretária de Saúde. E o babaca, criminoso, ainda foi atrás para ameaçar!
Se ele faz isso com uma repórter, imagina o que já não fez com o povo...
A coluna entrou em contato com a secretária de Saúde de Japeri, Rosilene Moraes dos Anjos, que informou que já foi solicitada a exoneração imediata do servidor. Ela ainda afirmou que não compactua com nenhum tipo de violência ou desrespeito e prestou todo atendimento a Julie e ao cinegrafista.
Fica aqui o meu apoio e solidariedade aos colegas.
E pra esse covarde, 3,2,1... É DEDO NA CARA!
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