Publicado 31/05/2021 00:00
Rio - Quando a gente para pra pensar que mais de 14 milhões de famílias não têm o que colocar no prato para comer, o nosso próprio arroz e feijão perde o gosto...
Caso esse número não te assuste ou faça a tua comida perder um pouco do tempero, reavalie sua vida. Não dá pra normalizar a fome, e no Brasil temos milhões de famintos a cada dia!
Chegamos na porta de junho de 2021 no caos pandêmico e barrigas urrando por qualquer alimento. Enquanto o mundo discute qualidade das refeições, o brasileiro trava uma batalha pra levar comida pra casa.
E ano que vem tem eleição... Coitado daquele que acha que o brasileiro é manipulável por frases rasas e de efeito.
Isso funciona sim a cada quatro anos, concordo, mas quando o pão de cada dia falta, o cidadão não perdoa toda falta de "educação" que nos negaram justamente para ter um voto no cabresto... Isso se volta contra os poderosos.
É a massa que define eleição, não a elite.
E a massa precisa entender de uma vez por todas a votar por ela, porque votar com a minoria privilegiada não vai levar o pobre à bolha restrita dos que conhecem um bom vinho e uma boa carne!
Aliás, carne que o brasileiro da base já esqueceu até o sabor… Como o nosso leitor, Seu Walmir, que me escreveu dizendo que não come um bife há dois anos, tudo por conta da falta de dinheiro e do preço alto. E o Seu Eddy, que pediu socorro por uma cesta básica.
No ano que vem, a essa hora, o circo vai estar pegando fogo!
E Todo mundo querendo agradar a massa… Será que já é tarde demais?!
3,2,1... É DEDO NA CARA!
PINGO NO I
TÁ BONITO!
Mesmo com as flexibilizações, os vendedores de mate nas praias do Rio ainda sentem os reflexos da pandemia.
Renato do Matte, que mora em Benfica e vende a bebida na praia do Leblon, se viu completamente sem renda para criar os 4 filhos no meio do furacão que foi o isolamento... E a partir daí resolveu se juntar a outros 300 mateiros para montar a "cooperativa do mate", onde reivindicam melhorias no trabalho, tudo para garantir a qualidade do produto.
Entre outras reivindicações, eles querem menos tempo na fila para compra de biscoitos de polvilho, preparar o mate de maneira industrial e menor valor na compra dos uniforme, que segundo eles, custa 120 reais.
Os pedidos foram levados à Secretária de Assistência Social, Laura Carneiro, durante a inscrição da categoria no Cadastro Único dos Benefícios Sociais do Governo Federal, na semana passada.
Dizer que o mate é patrimônio do Rio é fácil, mas a realidade é de pura ralação dos vendedores... Que bom que a Secretaria vem dando suporte e que com esse desabafo deles, a categoria consiga conquistar tudo que tem direito.
Até porque na praia todo mundo adora pedir um "chorinho", então eles merecem também né?
Se você me perguntou se tá feio ou tá bonito... Olha o mate passando aí, com dignidade, e tenho dito.
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