Publicado 01/07/2022 00:00
'Meu nome é a única coisa que eu tenho, por isso repito: Jeová da Lima Brandão'.
No final do SBT-Rio, minha colega Branca Andrade entrou ao vivo para falar sobre como a fome assola na alma a vida de milhões de cariocas.
O que ninguém esperava é que por trás de um homem em situação de rua com quem ela gravou, teria uma história e tanto. Era a história do Seu Jeová.
Um homem que tinha um casamento, uma empresa e que perdeu tudo depois que o negócio não deu certo…
Ele trabalhava com panificação, como a foto mostra, numa das suas criações e orgulho. A imagem no vídeo, ele feliz e, do outro lado, faminto, mordendo uma folha de alface, lavada do jeito que dava, foi de cortar o coração.
O intuito de contar a história do Jeová nessa coluna não é só contar a história forte, mas retratar que não existe só um Jeová em situação de rua, com a mesma história, que tinha uma vida estruturada e hoje vive dos restos.
Brasileiro não pode mais viver de resto!
"Ele, que vivia de alimentar as pessoas, hoje não tem alimento. Entrei ao vivo em pedaços. Não consegui almoçar, não consegui comer. Seu Jeová se perdeu no caminho da vida… e meu peito doía tanto de ver aquilo, mas tanto, que depois só conseguia chorar e me perguntar: até quando meu Deus, até quando?", conta Branca.
Esse é o retrato de não só um Rio de Janeiro, mas um Brasil de barriga doída e que grita a todo momento por um prato de comida.
Pra encerrar, antes de ir embora, ainda com o talento de bom cozinheiro, ele pegou a madeira do caixote e restos de banana, tudo para fazer uma banana assada diferente na noite fria que viria.
PINGO NO I
Tá tudo errado… Nada contra quem gosta de soltar pipa, mas quando o negócio fica perigoso, a gente tem que falar.
Em vários pontos da cidade, é pipa que não acaba no céu! E pipas cheias de linha chilena, colocando em risco motoristas e também a natureza.
Só essa semana, na praia do Recreio, a Guarda Municipal apreendeu mais de mil pipas durante um campeonato! Uma desordem completa… Gente que estaciona em local proibido, que deixa uma lixarada sem fim… E ainda pior: segundo denúncias, até gente armada tinha no local!
"Toda quarta-feira fica essa bagunça", afirma uma moradora que não quis se identificar.
Já aqui no Centro, ali ao lado da Prefeitura também tá a mesma coisa! Tem que fiscalizar! De nada adianta fazer campanha pra não soltar balão, se o risco pelos céus continua.
TÁ BONITO!
Hoje esta coluna completa três anos! E que orgulho pra gente falar de vocês e para vocês todas as segundas, quartas e sextas.
Na maioria das vezes, os assuntos não são fáceis, mas mesmo assim é bom demais saber que somos um instrumento de prestação de serviço para esse povo quase sempre tão silenciado.
Aqui, o protagonismo é daqueles que fazem parte da vida real… A massa desse meu Rio de Janeiro!
Só gratidão por todos que me acompanham. Que venham mais anos de Coluna Isabele Benito, no DIA.
Por isso, se você me perguntou se tá feio ou tá bonito… A caneta da jornalista tá em festa, e tenho dito!
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