'A morte que domina'Reprodução
Publicado 24/03/2023 00:00
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“Foram eles que executaram. O Comando Vermelho.”

A fala mostra claramente a realidade que essa coluna esfregou na cara de todo o Rio semana passada e nenhum veículo daqui deu atenção. Não virou manchete…

Inclusive nem foi destaque neste jornal em que sou colunista.

Traficantes do Comando Vermelho já tomaram conta da Gardênia Azul… Gardênia essa que eu denunciei que nem pelo nome oficial pode ser chamada!

O que aconteceu com Seu Ironaldo, vendedor de água da comunidade, morto, segundo testemunhas, com 40 tiros, é de uma brutalidade e covardia absurda.

Pelo simples fato dele não aceitar comprar para revender aos moradores a “água do tráfico”, foi metralhado. Caiu ali mesmo, em cima do seu instrumento de trabalho, seus galões de água que o acompanhavam há 16 anos.

Mas é assim que bandido age. Se proíbem de chamar pelo nome o bairro que sempre foi “Azul”, imagina o que não fazem com quem se opõe.

Pra quem ainda acha que traficante é diferente de miliciano, a resposta tá aí. Já falei mil vezes, não existe bandido bonzinho!

Eles se prevalecem dessa maneira, com esse modus operandi: dominar pela morte. Pelo sangue jorrado de qualquer um que ousar cruzar o caminho… Seja trabalhador, o que for!

Na internet, uma enxurrada de suposições… “Era X-9, isso, aquilo…” O caramba! Cortina de fumaça de quem gosta de passar pano pra vagabundo…

Seu Ironaldo, 52 anos, já reclamava da violência há meses. Via de perto o avanço da guerra e só esperava a oportunidade de se aposentar pra cair fora. Infelizmente não deu tempo.

A guerra continua matando gente que tá ali tentando, literalmente, sobreviver. E bem antes dos vagabundos pensarem em chegar por lá…

E o triste é saber que muita gente ainda vai sofrer por isso.

Mas essa coluna vai continuar aqui com o seu papel, que é prestar serviço ao povo do Rio de Janeiro. Dar voz à população é o nosso papel, independentemente do veículo querer dar o holofote.

Por seu Ironaldo Salvador de Alcantara e todos que clamam por socorro e justiça.
PINGO NO I
E pra todo mundo entender como funciona o domínio dos criminosos sobre a população que mora e trabalha nas comunidades, olha essa denúncia que vem lá do Morro do Borel, na Tijuca.

Desde a saída da cadeia de um dos chefões da região, que ficou tempão preso, as coisas mudaram bastante por lá… Uma das ordens é não vender qualquer coisa para policial que subir na comunidade.

“A gente que é comerciante aqui na entrada da favela não pode vender nada para policial, nem uma garrafa d’água, um salgadinho. Eles (o tráfico) falam que se pegarem, vão destruir tudo, como já fizeram com uma vendedora”, conta uma fonte da região que pediu para não ser identificada.

É sempre assim, na base da mordaça, da ameaça mesmo. O morador que trabalha, depende daquilo ali sobreviver, vira refém, fica impedido…

“Ah, é só não vender pro policial”. Ele deveria vender para quem quisesse!

Mas não! Agora pergunta se o traficante vai pagar a conta desse trabalhador. Duvido, pelo contrário. Quem paga a conta, e a gente sabe como, é quem não tem nada a ver com a guerra!
TÁ DESAPARECIDA!
'Tá desaparecida'Reprodução
E tudo acontece em Jacarepaguá, hein?!

Olha essa história: já tem quase uma semana que a cachorrinha Pretinha desapareceu ali na região do Anil, e até agora, nenhuma notícia dela!

Pretinha mora no Condomínio Jardim Clarice e a tutora, Rosilene, está desesperada. É de partir o coração de qualquer um.

Qualquer informação é muito importante! Bora divulgar? O telefone é:

(21) 99645-3536

Se você me perguntou se tá feio ou tá bonito… Que ela seja logo encontrada, volte pra casa, e tenho dito!
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