Publicado 03/04/2023 06:00
O trânsito parou num dos sinais do Recreio. A cena não é inédita, mas tinha alguma coisa a mais naqueles dois irmãos… Ela, uns 12 anos. Ele, se tivesse 10 era muito. Assim que os carros paravam o sorriso se abria, ele “brincava” de dar uma bicicleta na bolinha de tênis… Ela, gargalhava. Parei o carro e fiquei olhando… Não era uma alegria genuína, logo percebi.
Assim como num palco, eles tinham uma cena já montada para atrair o olhar dos motoristas e sensibilizar que, mesmo naquela pobreza, toda a “felicidade” de criança ainda estava ali. Bingo. A maioria entregava cinco, dez reais.
Assim que o sinal abria, os carros aceleravam e o calor, a exaustão de repetir a cena da bolinha, desabavam sobre os dois pequenos. Que ainda tinham que andar mais um tanto para entregar as mães, tias, seja lá o que eram aquelas mulheres.
Todas, como num piquenique, sentadas ao gramado, no meio da Avenida das Américas, numa grande sombra de árvore e rodeada de biscoitos, lanches e águas, que provavelmente ganharam entre um sinal e outro. Rapidamente, sem tomar um gole d’água, os dois pequenos voltaram pro mesmo lugar.
Parecia até que tinha diretor de cena… Pena que o palco é o da miséria e a cena é lamentável demais.
Assim como num palco, eles tinham uma cena já montada para atrair o olhar dos motoristas e sensibilizar que, mesmo naquela pobreza, toda a “felicidade” de criança ainda estava ali. Bingo. A maioria entregava cinco, dez reais.
Assim que o sinal abria, os carros aceleravam e o calor, a exaustão de repetir a cena da bolinha, desabavam sobre os dois pequenos. Que ainda tinham que andar mais um tanto para entregar as mães, tias, seja lá o que eram aquelas mulheres.
Todas, como num piquenique, sentadas ao gramado, no meio da Avenida das Américas, numa grande sombra de árvore e rodeada de biscoitos, lanches e águas, que provavelmente ganharam entre um sinal e outro. Rapidamente, sem tomar um gole d’água, os dois pequenos voltaram pro mesmo lugar.
Parecia até que tinha diretor de cena… Pena que o palco é o da miséria e a cena é lamentável demais.
PINGO NO I
Quem trabalha comigo, sabe que eu adoro reservar um tempinho, mesmo com a minha correria de todo dia, para bater perna pelo Centro do Rio… Gosto de observar, ver o que tá ruim e o que pode melhorar, ou já melhorou…
Semana passada, passei pela Cinelândia, que na pandemia ficou repleto de pessoas em situação de rua, de abandono mesmo… E não é que eu já senti uma diferença?!
Vi uma feirinha muito legal de roupas… Achei um charme! Parei na barraca da Tânia, que conversou comigo que as vendedoras estão muito confiantes de conseguirem se instalar ali fixamente.
“A gente tá nessa tentativa, porque é uma forma de garantir a nossa renda e também movimentar a Economia da cidade, além de mudar a estética do local, que estava meio largada”, conta ela, que deixou o trabalho numa empresa de telefonia para se tornar empreendedora.
Concordei na hora com a Tânia! É um combo perfeito… Emprego, renda, mudança nos hábitos da região. O Centro é um ponto muito estratégico, não pode ficar jogado. Por isso que acho fundamental sim todo e qualquer investimento! A revitalização da região atrai empresas, negócios, turistas…
É claro que a situação atual tá longe de ser a ideal. Ainda vemos muita sujeira, pessoas nas calçadas, o forte cheiro pelas ruas… Mas uma “simples” feirinha atrai o turista! No pouco tempo que parei pra ver as roupas, vi vários descerem do VLT e pararem. É o ponto ideal.
É um novo olhar que eu tive e que quero que todos tenham. O coração do Rio tem tudo pra dar certo novamente! Tô na torcida para que todas as vendedoras continuem na feirinha! Eu adorei, e quero voltar lá logo.
Semana passada, passei pela Cinelândia, que na pandemia ficou repleto de pessoas em situação de rua, de abandono mesmo… E não é que eu já senti uma diferença?!
Vi uma feirinha muito legal de roupas… Achei um charme! Parei na barraca da Tânia, que conversou comigo que as vendedoras estão muito confiantes de conseguirem se instalar ali fixamente.
“A gente tá nessa tentativa, porque é uma forma de garantir a nossa renda e também movimentar a Economia da cidade, além de mudar a estética do local, que estava meio largada”, conta ela, que deixou o trabalho numa empresa de telefonia para se tornar empreendedora.
Concordei na hora com a Tânia! É um combo perfeito… Emprego, renda, mudança nos hábitos da região. O Centro é um ponto muito estratégico, não pode ficar jogado. Por isso que acho fundamental sim todo e qualquer investimento! A revitalização da região atrai empresas, negócios, turistas…
É claro que a situação atual tá longe de ser a ideal. Ainda vemos muita sujeira, pessoas nas calçadas, o forte cheiro pelas ruas… Mas uma “simples” feirinha atrai o turista! No pouco tempo que parei pra ver as roupas, vi vários descerem do VLT e pararem. É o ponto ideal.
É um novo olhar que eu tive e que quero que todos tenham. O coração do Rio tem tudo pra dar certo novamente! Tô na torcida para que todas as vendedoras continuem na feirinha! Eu adorei, e quero voltar lá logo.
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