'Eu só quero trabalhar'

Russo, André Luís, Emerson, Benilda… Vocês com certeza nunca ouviram falar deles, são cidadãos comuns, todos com um só desejo: trabalhar.
Não tem um dia sequer que eu passe sem receber mensagens com pedidos de emprego… Deles e de outras centenas de pessoas do Rio e do Brasil.

São pais, mães, arrimos de família que estão na luta para conseguir essa tão sonhada vaga no mercado de trabalho, tão disputada.

Não importa o trabalho, eles só querem garantir o sustento… O famoso “da mão pra boca”.
Querem comida na mesa, contas em dia, conseguir ter acesso ao básico, ao que é de direito de cada um! Inclusive o lazer. Tudo garantido na nossa constituição!

Russo trabalha com reformas. André Luís topa trabalho de porteiro, zelador, balconista de farmácia, caixa…

Benilda é diarista. Quanto mais diária, melhor! Ela é de Nilópolis, mas pede para avisar que atende casas em todo o estado.
Emerson topa todo e qualquer tipo de trabalho: “mas tem que ser honesto!”, finaliza ele.
Esse é o nosso povo, que nesse dia 1º de maio, dia do trabalhador, bota a cara e grita por oportunidade.
Oportunidade essa que nos últimos 4 anos, num cenário devastador de falta de gestão, potencializado por uma pandemia cruel, só despencou!

O reflexo foi aquilo que a gente viu… O país de volta ao mapa da fome, gente em fila correndo atrás de osso, pele. Caçando na feira a xêpa do fim do dia.
Ninguém quer viver assim. Nem eu, nem você, nem os personagens reais que essa coluna traz nesse feriado do trabalho.

Nosso povo sempre foi acostumado a trabalhar. Aqui é carne feita de trabalho. De quem acorda cedo, deixa o filho na escola, bota a marmita debaixo do braço, pega o transporte cheio e vai. Só vai!
Eles só querem ir. E a gente tá aqui pra isso: pra ser e dar voz!

Pra você que tem o seu, feliz dia do trabalhador! Pra você que tá na luta, alô autoridades! Bora gerar mais que vagas… A gente tá falando de oportunidade e qualidade de vida! Sentido para viver.

Na sexta, recebemos a denúncia de que alunos da rede municipal de Nilópolis não tinham recebido (já estamos em maio) material escolar e uniforma da prefeitura…

Cobramos, fomos atrás, e informaram que tudo estava dentro do cronograma! “A distribuição está dentro do previsto, visto que foram entregues no meio do ano passado”.
Ou seja, o problema não é de agora, mas há mais de 1 ano! Falei isso no meu programa de rádio.

Minha produção cobrou novamente… Aí a situação mudou de figura:
“A entrega ocorre em março, quando os alunos retornam do Carnaval e todas as vagas na rede de ensino já estão preenchidas, mas tivemos um problema burocrático no início do ano letivo, o que levou ao atraso da entrega e adiou nosso prazo de distribuição.”
Por que não falaram isso diretamente?

Então, bora colocar o Pingo no I…

Aqui não adiantar vir com enrolação. Se é direito do aluno, a gente vai atrás!

Quem mora na Rua Alzira Brandão, na Tijuca, já denunciou por várias vezes uma casa abandonada, no número 195, cheia de gatinhos dentro… Mas, segundo os moradores, até agora ninguém foi lá retirar os animais!

“Já denunciamos no 1746, pedimos a Secretaria de Proteção aos Animais, mas não sentimos firmeza. Os bichos podem estar doentes, a gente dá comida porque não tem quem dê. Tem até filhotinho! Eles precisam ser recolhidos logo”, conta uma moradora.

Tem que ir atrás de quem abandonou… Isso é crime! E claro, tirar esses gatinhos de lá para cuidar e depois levar para a adoção responsável.

A gente foi atrás da Subprefeitura da Tijuca e também da Secretaria de animais.

Em nota, a Subprefeitura afirmou que participa regularmente de reuniões junto aos moradores da Rua Alzira Brandão e também já recebeu denúncias sobre os filhotes abandonados. A Secretaria de Proteção e Defesa dos Animais, segundo eles, já foi acionada para que os animais sejam levados para um abrigo.

Fomos atrás da Secretaria dos Animais, que informou que o local já foi vistoriado anteriormente não só por eles, mas também pelo judiciário. Que já realizou operações, porém o abandono não cessa. Uma vistoria foi marcada para amanhã.

Se você me perguntou se tá feio ou tá bonito… Os bichinhos precisam de uma família logo, e tenho dito!