Família de Daniel do Carmo Lima luta por transferência para setor de oncologiaReprodução
Publicado 12/07/2023 06:00
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O título pode até ser doloroso, mas reflete a triste realidade que eu presenciei de um paciente do Albert Schweitzer…

É o Daniel do Carmo Lima, de 35 anos, internado há mais de um mês, e que começou sua luta contra um câncer no pâncreas ano passado.

Vê-lo gritar de dor, tendo que tomar morfina num curto intervalo de tempo e implorando para ser transferido foi de rasgar o coração…

“Eu não sei mais o que vou fazer, como vou agir. Meu irmão só chora, está cada vez mais magro. Só dor, dor, dor. A gente procura uma oncologia, mas nada acontece”, conta a irmã de Daniel, Raquel do Carmo Lima.

O rapaz já perdeu 18 quilos! Infelizmente está numa situação, segundo os médicos, de doença muito avançada… Mas aquele pedido desesperado mexeu muito comigo.

Ele, desde o ano passado, quando começou essa peregrinação, nunca passou por um setor de oncologia!

E agora, precisa dos cuidados paliativos… Mas como, se o próprio INCA recusa o paciente?

Isso me deixou inquieta… Falei na TV, gritei no rádio, e trouxe para cá, porque não dá pra ver uma pessoa, um jovem, porque 35 anos é um garoto ainda, e toda uma família, pedindo socorro. É desespero e angústia não só dele, mas de todos aqueles que precisam do serviço público.

A Secretaria Municipal de Saúde diz que Daniel está inserido no Sistema Estadual de Regulação, com pedido de vaga em oncologia, e que segue tentando que o INCA possa aceitá-lo para esses cuidados finais, já que a rede do município não dispõe de tratamento de câncer.

A gente foi atrás do INCA também, que em nota informou que oferece capacitação profissional para que as unidades municipais e estaduais de saúde possam realizar este tipo de atendimento.

É o famoso “jogo de empurra”… E uma vida no meio disso tudo.

Daniel pode estar na fase final de sua vida, mas vai morrer dessa forma? A gente tá falando da dignidade de um ser humano! É dilacerante.

Depois da repercussão, entramos em contato novamente com a Raquel para atualizar o estado de saúde de Daniel…

Até o momento, ele está numa sala do Albert Schweitzer, onde há uma bomba de morfina…

“As dores aliviaram um pouco, mas nós não vamos desistir dessa transferência para os cuidados paliativos do meu irmão”.

Nem a gente vai desistir. Mesmo que este seja o último passo da vida dele.
PINGO NO I
“Gente, que babado isso! Ele foi pra direita, pra direita! Como deixaram o bandido escapar algemado?”

É impossível não rir sem parar com a narração da guia turística Liz Granda, no caso da perseguição a um suspeito algemado ontem na Lapa!

Seis viaturas, três motos do Segurança Presente, todas atrás do cara que forçou a porta do carro da polícia e deu no pé pelas ruas do bairro!

Conseguiram pegar o abençoado, mas foi aquele tumulto, gente correndo, turista apavorado…

É incrível como na Lapa acontece de tudo, né? É reduto da boemia, da cultura, mas também de coisas ruins e engraçadas como essa.

Tudo muito surreal… Depois da confusão, que teria começado por um cigarro de maconha que o suspeito fumava, ele foi levado pra delegacia, mas vai responder em liberdade, por resistência.

Esse é o Rio de Janeiro, onde o “seria cômico, se não fosse trágico” se aplica a qualquer hora!
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