Publicado 24/11/2023 00:00
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Um anúncio um tanto controverso… A intenção da prefeitura do Rio de adotar o sistema de internação compulsória para dependentes químicos, que vivem nas ruas da cidade, vem dando o que falar.

Inicialmente, o projeto é para 130 pessoas identificadas pelo município.

Quem me conhece, sabe que eu não fujo de qualquer assunto, mas esse, confesso que tenha muita dificuldade de abordar e me posicionar…

Porém, vai o questionamento: a internação compulsória vale a pena? Isso vai funcionar para a pessoa que não quer receber tratamento?!

O direito individual, garantido pela constituição, será respeitado, já que, de forma forçada, essa pessoa será levada ao encarceramento?!

Nós estamos falando de pessoas adoecidas pelas drogas e que, ao mesmo tempo, cometem crimes pelo entorpecente…

Obviamente que, pelo que eu acredito, que é na liberdade de escolha de cada um, a resposta é não para a internação compulsória. Porém, a gente tem sempre que pensar em uma coisa…

Como todo mundo sabe, o uso das drogas é particular e individual, e o sujeito tem essa liberdade, mesmo que dentro da ilegalidade.

Mas até que ponto a liberdade individual do cidadão deve ser respaldada quando há um risco para todos?! O direito à vida é muito maior que o direito à propriedade!

A gente teve um exemplo claro de um risco como esse agora pouco… Do fã da cantora Taylor Swift, Gabriel, morto a facadas em plena praia de Copacabana por dois caras que, nitidamente, estavam assaltando para usar droga!

Pelo levantamento da prefeitura, são mais de 7 mil pessoas em situação de rua no Rio. Claro que nem todas estão na situação absurda de “zumbi ambulante”, mas basta andar por qualquer região, que você vê pequenas ou grandes cracolândias, onde eles atacam pessoas em nome do desespero de usar a droga que seja.

O secretário municipal de saúde diz que é uma questão de saúde, mas eu vou além… É uma questão do direito de ir e vir, da segurança de todo um povo!

Agora, é aguardar para ver os critérios dessa internação…. Porque eu já disse aqui e repito, limpeza urbana pode até existir, agora humana, jamais!

Mas é sim um fator imediato para cessar o maior medo que alguém pode ter: cruzar com latrocidas ou com pessoas loucas por uma pedra.

É delicado, mas a gente precisa falar!
TÁ ESPERANÇOSO!
Feirão Serasa Limpa Nome na CinelândiaIgor Peres
E ontem, pelas minhas andanças no Centro do Rio, por volta das 9 horas da manhã, eu passei em frente ao Feirão Serasa Limpa Nome, na Cinelândia…

Um lugar ótimo e super movimentado para atender a população, e que, nesse horário, ainda no início, já estava lotado de gente atrás das renegociações de dívidas!

Na fila, eu encontrei o Seu Nilson, lá de Belford Roxo, que chegou bem cedinho. A jornalista aqui logo puxou assunto, e ele contou a sua história…

Foi estoquista por 18 anos, e, na pandemia, faltando só 2 anos para se aposentar, foi demitido.

“Me enrolei nas contas, e aí, o nome sujou. Mas tenho esperança de hoje sair daqui com tudo resolvido. É pela minha dignidade, sempre fui trabalhador”, contou ele.

Quem nunca passou por isso, né?! Pode acontecer com qualquer pessoa, ninguém tem que se envergonhar. A vida é assim… Um dia você tá por cima, outro pode não estar. São ciclos. O que não pode faltar, como o Nilson mesmo disse, é a esperança. E lá não faltava! Era só observar a expectativa de cada um que estava para ser atendido.

Infelizmente, pela correria do trabalho, eu não consegui acompanhar o desfecho da história dele. Na torcida aqui para que todos que entraram, tenham saído com um sorriso no rosto, sem peso nas costas, e com o nome bem longe do prego!
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