Publicado 08/01/2024 01:00
São 17h38 deste domingo, tenho o chamado "deadline" no jornalismo para entregar esta coluna e esperei até os últimos segundos para que este tema da coluna desta segunda-feira fosse uma "pauta derrubada", o que equivale na polícia a caso resolvido. Neste caso, a descoberta do que aconteceu com o pequeno Davi.
Pode ser que, até você ler a coluna, ela tenha mesmo já sido superada e eu espero que seja, com o melhor dos desfechos, mas neste domingo vou dedicar todos os caracteres a ele.
A mobilização ganhou força quase 24 horas após o desaparecimento.
Pela praia, muita gente comenta que é normal filhos de barraqueiros, desde pequenos, andarem pelas areias com uma capacidade de voltar para o mesmo ponto o tempo todo, mas o pai desde os primeiros momentos gritou que não era o caso.
Com o chinelo do super-heroi favorito do pequeno, de 6 anos, ele olhava pro mar e para a calçada, enquanto fotógrafos e jornalistas começaram a se unir a ele e a internet a compatilhar a foto do menino.
Características e local, magro, pequeno, com cabelos encaracolados e queimados nas pontas pelo sol, desaparecido no Posto 4 da Praia da Barra.
A partir daí, várias teorias. Uma família com um filho parecido teve até que ir à delegacia registrar que o filho com eles na lanchonete não era Davi.
Mas eu só penso nos pais. A delegada até este momento respondeu pela sua equipe, nenhuma novidade.
Concreto apenas o depoimento do pai, que afirma que ele foi visto pela última vez brincando com os filhos de um casal gringo, e as imagens dele na calçada.
A mãe, meio que numa forma de proteção, fica olhando para o mar com um casaco de capuz nas mãos, imagem aflitiva demais.
Ambos não querem acreditar que ele chegou perto da água. Isso zeraria praticamente as chances de encontrá-lo com vida
Entrei agora nas agências e remoem e espremem novidades que não existem.
Manchetes "O que se sabe até agora" são as campeãs.
Mas posso estar sendo leviana ao trazer um questionamento aqui.
O desaparecimento, principalmente de uma criança, com todas as possibilidades que possam existir, não pode se resumir a equipes de redações e polícias de plantão que esperam "novidades" em dias úteis.
Talvez para não atrapalhar as investigações, a equipe de paradeiros não queira dar detalhes.
Mas comoção mesmo e desespero só vi no compartilhamento das redes, que ajudam, mas podem também levar a enganos como foi o menino da lanchonete.
Volto aos pais e ao olhar da mãe, que, por intuição e desejo intenso materno, aguarda com um casaco de frio seu pequeno em pleno verão carioca.
Pouco se fala, mas espero que muito se faça.
Pode ser que, até você ler a coluna, ela tenha mesmo já sido superada e eu espero que seja, com o melhor dos desfechos, mas neste domingo vou dedicar todos os caracteres a ele.
A mobilização ganhou força quase 24 horas após o desaparecimento.
Pela praia, muita gente comenta que é normal filhos de barraqueiros, desde pequenos, andarem pelas areias com uma capacidade de voltar para o mesmo ponto o tempo todo, mas o pai desde os primeiros momentos gritou que não era o caso.
Com o chinelo do super-heroi favorito do pequeno, de 6 anos, ele olhava pro mar e para a calçada, enquanto fotógrafos e jornalistas começaram a se unir a ele e a internet a compatilhar a foto do menino.
Características e local, magro, pequeno, com cabelos encaracolados e queimados nas pontas pelo sol, desaparecido no Posto 4 da Praia da Barra.
A partir daí, várias teorias. Uma família com um filho parecido teve até que ir à delegacia registrar que o filho com eles na lanchonete não era Davi.
Mas eu só penso nos pais. A delegada até este momento respondeu pela sua equipe, nenhuma novidade.
Concreto apenas o depoimento do pai, que afirma que ele foi visto pela última vez brincando com os filhos de um casal gringo, e as imagens dele na calçada.
A mãe, meio que numa forma de proteção, fica olhando para o mar com um casaco de capuz nas mãos, imagem aflitiva demais.
Ambos não querem acreditar que ele chegou perto da água. Isso zeraria praticamente as chances de encontrá-lo com vida
Entrei agora nas agências e remoem e espremem novidades que não existem.
Manchetes "O que se sabe até agora" são as campeãs.
Mas posso estar sendo leviana ao trazer um questionamento aqui.
O desaparecimento, principalmente de uma criança, com todas as possibilidades que possam existir, não pode se resumir a equipes de redações e polícias de plantão que esperam "novidades" em dias úteis.
Talvez para não atrapalhar as investigações, a equipe de paradeiros não queira dar detalhes.
Mas comoção mesmo e desespero só vi no compartilhamento das redes, que ajudam, mas podem também levar a enganos como foi o menino da lanchonete.
Volto aos pais e ao olhar da mãe, que, por intuição e desejo intenso materno, aguarda com um casaco de frio seu pequeno em pleno verão carioca.
Pouco se fala, mas espero que muito se faça.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.