Em meio ao tiroteio, Seu Luiz de 79 anos foi obrigado a descer e atearam fogo no caminhão.Reprodução
Publicado 04/09/2024 00:00
Era mais uma cobertura da guerra de facções promovida pelos vagabundos do Rio de Janeiro, a simplicidade de um morador da Vila Kennedy ganhou destaque no noticiário. Seu Luiz Paixão procurou a repórter Branca Andrade. Era o primeiro dia de trabalho dele com o caminhão que ele conseguiu financiar com dinheiro pedido a um amigo para trabalhar.
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Em meio ao tiroteio, Seu Luiz, de 79 anos, foi obrigado a descer e atearam fogo no caminhão. Não sobrou nada, tudo virou cinzas. No ar, a dor e a desilusão dele comoveram todo mundo. “Não tenho nada a ver com essa guerra, ia pra São Paulo, começou o tiroteio duas e meia da manhã e não deu tempo de fazer nada".
Prestes a completar 80 anos, ele nem era para estar trabalhando. Quanto mais passando por isso. “Agora meu sonho tá aí em pó, preciso pagar a dívida e ainda juntar dinheiro para comprar outro. Meu ganha-pão.
Enquanto isso, o tiroteio ainda vai continuar. A guerra não só faz vítimas no sangue do pobre, mas na covardia do dia a dia.
3,2,1
É Dedo na cara!
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