Publicado 27/02/2024 16:10
São Fidelis – Não bastasse o aumento no número de casos de Covid-19 no município, a população de São Fidelis, ao norte do Estado do Rio de Janeiro, vive momentos de expectativa, quanto ao que pode resultar da apuração de denúncias contra o prefeito Amarildo Alcântara, envolvendo rombo de R$ 1 milhão no Fundo da Previdência.
No caso da Covid, o governo está intensificando a vacinação e acaba de determinar a volta do uso obrigatório de máscara em todos os setores vinculados à secretaria de saúde. Quanto à audiência da Comissão Processante sobre suposto esquema de corrupção no Fundo de Previdência dos Servidores Municipais, foi suspensa pela Justiça, mas deve acontecer nesta quarta-feira (28).
A oitiva estava marcada para o último dia 23, quando seriam ouvidas testemunhas arroladas pelo prefeito Amarildo Alcântara (SD). No entanto, o Juiz titular da Comarca de São Fidelis, Otávio Mauro Nobre, acatou mandado de segurança impetrado pela defesa do prefeito e concedeu liminar suspendendo a oitiva e determinando que nova data fosse designada em, no mínimo, 48 horas úteis.
A Comissão Processante é presidida pelo vereador Gumercindo dos Santos. Segundo o secretário geral da Câmara, Juliano Cunha, a nova data, 28 de fevereiro (esta quarta-feira) está confirmada. No dia 23, a sessão chegou a ser iniciada; porém, logo depois encerrada, com os arrolados intimados para a retomada às 14h da nova data. As denúncias são pesadas, envolvendo Amarildo Alcântara e alguns familiares dele.
PREFEITO NEGA - denunciantes são três servidores municipais, que estariam envolvidos no esquema criminoso; eles confessaram que, só em 2023, o rombo no Fundo de Previdência pode ter somado cerca de R$ 1 milhão. Amarildo garante que nada tem a ver com o crime e adianta que já colocou suas contas bancárias à disposição da Câmara e da Justiça.
O prefeito também tranqüiliza aposentados e pensionistas que o pagamento deles não será prejudicado. “Estão tentando jogar a culpa em mim e na minha família, que já prestou esclarecimentos à CPI”. Ele diz que ninguém está escondendo nada: “A verdade logo virá à tona”, acredita.
O caso vinha ganhando repercussão desde o meado do ano passado. Em novembro de 2023, foi cumprido mandado de busca e apreensão no Fundo de Previdência dos Servidores, quando foram identificados comprovantes bancários com suspeitas de fraudes.
O desdobramento das investigações pesou nas suspeitas contra Amarildo, com a CPI convocando familiares do prefeito para depor, em janeiro deste ano, inclusive a primeira-dama do município, Lia Márcia Alcântara. No início de fevereiro, a Câmara aprovou, por unanimidade, a abertura da Comissão Processante, que decidirá o destino do prefeito Amarildo.
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