Segundo as informações, nos bebês menores de um ano, as coberturas das vacinas dos primeiros meses de vida não chegaram a 50%.Divulgação
Publicado 14/04/2022 16:38 | Atualizado 14/04/2022 16:44
A cobertura de 14 vacinas para crianças até dois anos em São Gonçalo está muito abaixo do esperado, que é de 90% de cobertura. Nos bebês menores de um ano, as coberturas das vacinas dos primeiros meses de vida não chegaram a 50%. E, nas crianças entre 1 e 2 anos, as vacinas foram aplicadas em menos de 35% dos bebês.
“Temos que ter a consciência de que todas as vacinas são importantes e estão disponíveis em todas as salas que fazem as vacinas de rotina distribuídas pelos bairros. Não podemos deixar de vacinar os nossos bebês. As outras doenças não deixaram de existir, mesmo que tenham poucos casos. As mães devem atualizar a caderneta de vacinação dos pequenos o quanto antes”, disse a coordenadora de imunização da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo, Thainá Fratane.
Os números da vacinação em 2021 são baixíssimos, ainda mais do que em 2020, na média. A menor cobertura vacinal em 2021 foi a de poliomielite para as crianças com mais de um ano, apenas 15,09% o público-alvo, que tem uma população estimada de 10.432 gonçalenses. A vacina protege contra a paralisia infantil e está erradicada há mais de 27 anos no país.
O imunizante mais procurado foi o BCG, para bebês de até um ano, que previne contra as formas graves da tuberculose. Mas o percentual de 42,64% ainda é longe do esperado. Essas duas vacinas tiveram cobertura vacinal de 29,72% e 50,87%, respectivamente em 2020. No ano de 2019, elas representavam 92,78% e 109,70%.
“Nós temos que voltar aos percentuais de 2019. As pessoas precisam voltar a vacinar as suas crianças. As unidades de saúde estão funcionando normalmente, de segunda a sexta, das 8h às 17h. Não precisa deixar de ir por conta da pandemia do coronavírus, que está com índice de positividade de 1% na cidade”, completou Thainá.
Manter a caderneta de vacinação em dia é importante tanto para a saúde e bem-estar da criança, quanto para assegurar direitos, como o Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família). A atualização é importante, ainda, para reduzir o risco de reintrodução de várias doenças já erradicadas no país, aumentar as coberturas vacinais, diminuir a incidência das doenças imunopreveníveis e contribuir para o controle, eliminação e/ou erradicação das doenças.
As crianças menores de um ano têm que se vacinar com as seguintes vacinas: bcg, pentavalente, rotavírus, pneumocócica 10, meningocócica C, poliomielite e febre amarela. Elas tiveram as seguintes coberturas em 2021: 42,64%, 28,68%, 29,08%, 31,63%, 32,32%, 29,73% e 22,17%.
A vacina BCG teve cobertura vacinal de 109,70% do público-alvo em 2019 e 50,87% em 2020. A Pentavalente, que teve 76,71% em 2019, teve 30,10 em 2020. Rotavírus caiu de 95,91 para 31,75. Poliomielite, de 92,78 para 29,73. Pneumo10, de 101,65 para 34,31. Meningocócica C, de 102,13 para 30,78. Febre Amarela, de 57,53 para 19,19.
Para as crianças de até dois anos são as seguintes vacinas: hepatite A, tríplice viral D1, tríplice viral D2, tríplice bacteriana (DTP), pneumocócica 10 (reforço), meningocócica C (reforço), poliomielite (reforço) e varicela. Elas tiveram as seguintes coberturas em 2021: 24,94%, 31,42%, 24,31%, 17,01%, 21,11%, 22,83%, 15,09% e 27,4%.
Em 2019, a tríplice viral D1 teve cobertura vacinal de 121,66% e caiu para 35,47% em 2020. A tríplice viral D2 saiu de 174,74% para 24,34%. A Pneumocócica passou de 102,38% para 22,52%. A meningocócica saiu de 104,66 para 23,03%. Hepatite A, de 102,91% para 25,38%. DTP, de 63,44% para 18,99. Varicela, de 113,47% para 27,28%. E, por último, a poliomielite que caiu de 86,71 em 2019 para 19,96% em 2020.
Os dados dos percentuais são das fontes oficiais do Ministério da Saúde – Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (Sipni) e Tabnet.
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