Publicado 03/05/2022 13:56 | Atualizado 03/05/2022 13:57
A Maternidade Municipal Mário Niajar, em Alcântara, passa por reformas em todas as suas enfermarias – uma de cada vez para não alterar o fluxo de pacientes que se internam na unidade de saúde diariamente. Referência na cidade para as emergências obstétricas e para o nascimento dos bebês de baixo e médio riscos, a maternidade realiza uma média de 400 partos por mês – cesárea, normal e humanizado. Este ano, os dois centros cirúrgicos passaram a funcionar.
“Estamos melhorando os serviços. Quando cheguei em janeiro, só uma sala de cirurgia funcionava. Agora, temos todas as equipes completas 24 horas por dia nos sete dias da semana. O movimento da maternidade só aumenta. A gente ainda tem muitos projetos para serem implantados, mas eles virão com o tempo. O que está sendo feito, do ponto de vista estrutural, é a reforma de todas as enfermarias para atender melhor a população, dar mais conforto, mais dignidade e mais humanização no atendimento”, explicou o diretor médico da unidade, Fernando Bastos Mendes.
Além dos partos tradicionais, a unidade conta com o parto humanizado – que tem o conceito de utilizar métodos alternativos para aliviar as dores. No entanto, há algumas condições. Para seguir para a sala Partejar – um espaço montado especialmente para acolher as mães – as gestantes não podem ser de alto risco, têm que estar com o pré-natal completo, não podem ter feito cesariana anteriormente e não podem ter comorbidades.
A avaliação para o parto normal tradicional ou humanizado é realizada pela enfermeira obstétrica de plantão. “Esses partos não têm como acontecer quando a maternidade está com movimento intenso. Teve uma sexta-feira desse mês, por exemplo, que fizemos 19 procedimentos em 12 horas, mais de um nascimento por hora. E mais do que a média de partos que temos durante 24h, que é de 13,5 por dia”, explicou o diretor.
Dos 233 partos normais realizados em março deste ano, cerca de 60 foram humanizados. São partos com o mínimo de intervenção médica, respeitando as necessidades e desejos naturais da mulher e do bebê – um maior respeito à fisiologia do parto. “A gente trabalha e dá mais ênfase às terapias não farmacológicas para o alívio da dor, como massagem, uso da bola de pilates, aromaterapia, musicoterapia e terapia quente e fria. Mesmo que a gente não leve para a Sala Partejar, mesmo que seja um parto no leito, a gente consegue fazer esse parto humanizado, que caracteriza-se pelo respeito à naturalidade”, disse a enfermeira obstétrica Ana Beatriz Brum da Penha.
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