José Ricardo Marques e Joãosinho Trinta: Instituto homenageia a memória do 'Rei do Carnaval'Divulgação/Ascom
Publicado 23/01/2024 19:09 | Atualizado 23/01/2024 21:23
São Gonçalo – Com a Secretária de Cultura e Turismo de São Gonçalo, Julia Sobreira, fazendo uma reestruturação dos mecanismos de ação do setor no município – entre eles o uso da verba federal da Lei Paulo Gustavo para aplicação em iniciativas locais –, a cultura também conta com a consultoria estratégica do Instituto Joãosinho Trinta (IJT), para que os contemplados consigam realizar da melhor maneira esta relação entre o ‘fazedor de cultura’ local e o poder público municipal.

Dirigido pelo empresário e consultor José Ricardo Marques – que tem vasta experiência em diversos setores e segmentos públicos e privados -- o Instituto Joãosinho Trinta surgiu na convivência dele com o carnavalesco. “Ele viveu na minha casa, por quase cinco anos. Depois de conviver com tanta sagacidade, inteligência e projetos idealizados por ele, resolvemos que não poderíamos deixar desaparecer seu legado. O IJT foi especialmente criado para homenageá-lo, incluindo suas ideias e filosofia de vida”, explicou José Marques. O 'rei do carnaval' carioca morreu em 17 de dezembro de 2011. “Fui o cuidador de Joãosinho Trinta nos seus últimos anos de vida e ele me gerou muita alegria e aprendizado. Joãosinho Trinta faz parte da minha trajetória”, disse o empresário – que também é advogado, cientista político, jornalista, articulista em O DIA, além de gestor público e privado.
PARCERIA COM SÃO GONÇALO

Através do Instituto Joãosinho Trinta (IJT), um dos seus empreendimentos e o mais voltado para o setor cultural, José Ricardo Marques estabeleceu uma parceria com o município de São Gonçalo – que surgiu naturalmente, a partir de uma consulta feita pela Secretária da pasta, Julia Sobreira, em busca de renovação, inclusão e democratização do setor.

“A partir do conhecimento das minhas experiências, com fortes raízes no município que me honra em ser Cidadão Honorário, iniciamos as conversas. A principal motivação foi a minha proposta em adotar a Orquestra Sinfônica e o Teatro Carequinha. O perfil da atual gestora da Cultura me trouxe o desejo de colaborar para apresentar um modelo que desenvolva o setor cultural dentro do conceito da indústria criativa, proporcionando a formação de plateia e de qualificação dos artistas e produtores locais. Essa será a minha contribuição para São Gonçalo. Lembro que minha avó, Petronilha Gonçalves, de 96 anos, mora em São Gonçalo”, disse ele à reportagem – contrariando recentes questionamentos sobre suas credenciais e as do IJT.

Segundo as informações do IJT, os principais projetos apoiados por São Gonçalo são os já selecionados e que respondem aos aspectos técnicos exigidos, além de estarem de acordo com as regras estipuladas no Edital de Convocação para atender a Lei Paulo Gustavo. “Penso que conseguiremos capacitar e qualificar os agentes culturais, além de apresentar modelagem de inclusão dos cidadãos diante da diversidade cultural e a difusão dos vários estilos. A expectativa é fazer em 4 anos o que nunca havia sido feito. A Secretaria Júlia e sua equipe tem toda a condição neste que é o legado que se pretende deixar. São Gonçalo, o mais cultural dos municípios”, vibra José Ricardo.

De fato, a cidade de São Gonçalo tem enorme potencial – primeiro por sua densidade populacional; depois, pela pouca distância e contato com a capital da cultura, que é o Rio de Janeiro. "São Gonçalo é um celeiro de talentos e com a implementação da Escola de Artes, programa que irá capacitar jovens talentos em todos os estilos culturais, certamente teremos artistas como os já consagrados Claudinho (da dupla com Buchecha), Seu Jorge, Claudia Leitte e tantos outros. Lembrando que no futebol, o maior jogador brasileiro neste momento, Vinícius Jr., é de São Gonçalo. Como nós, goncalenses, dizemos: São Gonçalo é o centro do universo. E, agora, será também da Cultura”, diz o consultor estratégico.

TRAJETÓRIA DIVERSIFICADA

José Ricardo Marques tem uma trajetória que fala por si. Atuou no comércio, no setor moveleiro. Foi convidado para abrir mercado em Brasília, em 1993, para ações de segurança de TI e construção de data center seguro. “Durante 15 anos no DF colaborei para a expansão do setor de TI a partir da instalação dos grandes centros de tecnologia para o governo. Isto me fez participar das instalações, dos processos e projetos de TI para estrutura da administração pública. Durante 10 anos participei, convidando clientes, para a maior de informática do mundo, a CEBIT, na Alemanha. Neste período colaborei para sanção da Lei Distrital para proteção e segurança dos ativos e data centers, além da participação e criação para uma cidade digital que abrigaria os principais núcleos de TI da administração pública”, conta ele.

O reconhecimento no setor de informática o levou à política sindical. Foi vice-presidente do Sindicato da Indústria de Informática, ligado a Federação das Indústrias e vice-presidente do Sindicato dos Serviços de Informática, ligado a Federação de Comércio do Distrito Federal. Foi Conselheiro da Fibra, membro fundador do SICOOB. Atuou, também, nas estruturas de arquivos, bibliotecas e museus públicos – sendo patrono das primeiras turmas do curso de arquivologia da UNB. Pela atuação no segmento da informação, sua disponibilidade, segurança, além do aspecto educacional e cultural, o carioca foi homenageado com o Título de Cidadão Honório de Brasília, aprovado por unanimidade na Câmara Distrital.

Ele mesmo conta. “Em 2006 fui nomeado Secretário de Cultura do DF e, como ponto alto, inaugurei o Complexo Cultural da República ao lado do Presidente Lula. O Complexo Cultural foi o último projeto de Oscar Niemeyer. Foram muitas as entregas, o que contribuiu para meu reconhecimento à frente da pasta. A partir de 2007 me dediquei à minha empresa, Ambient Instalações, especializada em projetos de arquitetura, instalações de data centers e organização de arquivos. Também trabalhei, até 2011, com política partidária, me tornando dirigente de partido político e candidato a Deputado Federal. Em 2015 assumi a Direção Geral do Arquivo Nacional, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, permanecendo durante toda a gestão do Ministro Alexandre de Moraes. Inaugurei o Arquivo da Humanidade, no extremo norte do planeta, considerado um dos 10 fatos mais importantes naquela época”, explica o consultor, morador de Brasília.

Acostumado à gestão pública, assumiu a pasta de Secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação do município de Itatiaia (RJ), para implementar o primeiro modelo de cidade biossegura do país. “Atualmente, como empresário, dirijo um ecossistema de negócios com a Index Participações, empresa de consultoria empresarial, a RM Advogados Associados, com participação através de consultorias de algumas empresas que se destacam no Brasil”, encerra José Ricardo Marques.
Publicidade
Leia mais