Publicado 22/04/2024 15:40
São João da Barra/Região – O norte do Estado do Rio de Janeiro é destaque em exportações, registrando aumento de 51% (num total de US$ 3,8 bilhões) nas exportações, com destaque para São João da Barra. Também aparece na ponta no ranking de importações, com avanço de 42%, alcançando US$ 1,4 bilhão. Os dados são referentes a 2023.
As informações estão no boletim Rio Exporta realizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), com São João da Barra sendo apontado como responsável por 97% das exportações de óleos brutos de petróleo, por meio do Porto do Açu, ressaltado como forte aquecedor da economia da região e do país.
O levantamento indica que o acréscimo está relacionado ao crescimento de 85% nas vendas internacionais de São João da Barra (US$ 3,6 bilhões). “É preciso que os governantes acompanhem o desenvolvimento do Porto do Açu, que está apenas no começo”, sugere o disse o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.
Na opinião de Siqueira, os projetos de energia renovável são capazes de atrair novas indústrias, diversificar a economia e diminuir a dependência de petróleo, desde que o poder público atenda às novas reivindicações de melhorias na infraestrutura de acesso. O governo municipal tem acompanhado todo o processo.
Não apenas a questão relacionada às exportações tem recebido atenção da prefeita Carla Caputi, mas o conjunto das operações do complexo portuário, com foco no desenvolvimento do município como um todo. As parcerias são inúmeras, entre elas no contexto social e na geração de empregos envolvendo inclusive cursos profissionalizantes.
IMPORTAÇÕES - Quanto à importação, com o aumento de 94%, os Estados Unidos (representando US$ 492 milhões) permanecem como origem principal das compras internacionais. Segundo a Firjan, nesse sentido, em 2023, Macaé (US$ 795 milhões) se destacou com variação positiva de mais de 100% nos desembarques oriundos dos EUA em relação ao ano anterior.
O estudo da federação resume que o estado do Rio acumulou uma corrente de comércio de US$ 76 bilhões, no ano passado, um cenário de estabilidade em relação a 2022, com crescimento de 3%. “O aumento de 4% nas exportações junto com a estabilidade nos valores de importação, contribuíram para um saldo comercial superavitário em US$ 23,8 bilhões”, registra.
Está indicado, ainda, que excluindo a capital fluminense, as demais regiões do estado alcançaram US$ 25 bilhões em vendas internacionais, valor que representou 50% exportações de todo estado. No caso das importações (US$ 2,5 milhões), o boletim descreve que tiveram retração de 28% nos desembarques internacionais da região.
O resultado surge do recuo de 54% nas compras de máquinas e aparelhos (US$ 187 mil). “A região registrou ainda um aumento de 276% nas importações de maçãs, peras e marmelos (US$ 326 mil) oriundos, principalmente, de Portugal. Neste sentido, Santo Antônio de Pádua (US$ 1,1 milhão) chama atenção, com crescimento de 93% nas compras internacionais, com destaque para as compras de peixes congelados (US$ 302 mil) e carnes congeladas (US$ 255 mil)”, conclui a Firjan.
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