Publicado 03/09/2024 20:32
São João da Barra – A melhoria da eficiência na movimentação de cargas entre o estado de Goiás e o Porto do Açu, em São João da Barra (na região norte do Rio de Janeiro), identificando as melhores soluções logísticas e de infraestrutura para sua integração, acaba de ser acordada entre as partes. Protocolo de intenções foi assinado no último dia 28, pelo governador Ronaldo Caiado e o CEO da Prumo (que administra o complexo portuário), Rogério Zampronha.
PublicidadeO acordo também prevê avaliação de sinergias em energias renováveis e soluções logísticas de armazenamento e escoamento de produtos. “O Porto do Açu tem condições de oferecer soluções customizadas e eficientes para apoiar o forte crescimento do agronegócio e da indústria goiana”, garante Zampronha.
O CEO realça que o porto tem uma infraestrutura de classe mundial para viabilizar o escoamento dos diversos tipos de cargas oriundas do estado de Goiás: “Queremos contribuir para reduzir custos e ampliar a competitividade dos produtos goianos”, afirma ressaltando que o Açu já movimenta milho, soja, carvão (essencial para níquel) e concentrado de cobre produzidos em Goiás.
“O porto (maior complexo porto-indústria privado de águas profundas da América Latina) também tem potencial para atender ao mercado de combustíveis e derivados, com a movimentação e tancagem de metanol, etanol, glicerina e biodiesel, entre outros”, acrescenta Zampronha lembrando que em julho deste ano, foi inaugurada uma nova área de armazenagem.
São dois novos galpões com capacidade de estocagem de 70 mil toneladas, com foco em soja e milho, para a oferta de mais serviços no Terminal Multicargas (T-MULT), que já conta com três armazéns cobertos. Estão ainda projetados investimentos destinados a uma fábrica misturadora de fertilizantes, com capacidade produtiva de 850 mil toneladas anuais, cujas obras começam ainda em 2024.
NOVAS CARGAS - O diretor de Terminais e Logística do Porto do Açu, João Braz, explica que são investimentos para aprimorar a estocagem da produção agrícola em Goiás: “Os dois novos galpões complementam a estrutura de atendimento para a oferta de mais serviços no T-MULT. Por ser um porto sem filas, o Açu oferece uma plataforma completa para o setor produtivo goiano”.
Braz contabiliza que, em 2023, o T-MULT movimentou 2,1 milhões de toneladas, representando incremento de 33% em relação ao mesmo período em 2022: “No último ano, foram adicionadas novas cargas ao portfólio, incluindo briquetes de minério de ferro, soja, milho para exportação, além de sal recebido por cabotagem. O T-MULT conquistou, ainda, sete novos clientes, totalizando 55 no portfólio”.
Trata-se de um terminal que opera há oito anos, movimentando granéis sólidos e carga de projeto e teve uma alavancagem (ramp-up) de 43% ao ano (conforme CAGR – taxa composta de crescimento anual): “O terminal obteve crescimento de operações de exportação, importação e cabotagem, dobrando suas operações em apenas dois anos. Com o equilíbrio entre cargas de importação e exportação, o terminal também oferece soluções competitivas focadas na necessidade dos clientes”, assinala o diretor.
A previsão é que, até o fim deste ano, a área de cais operacional do T-MULT contará com 500 metros, com calado de 13,1 metros, e um segundo berço para operar dois navios simultaneamente: “A capacidade de movimentação do terminal alcançará 2,7 milhões de toneladas ao ano; considerando também a expansão da área de armazenagem, será possível duplicar essa capacidade de movimentação ao longo dos próximos anos, chegando a5 milhões de toneladas”, conclui Braz.
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