Publicado 08/12/2022 13:25
Os militares mortos carbonizados em São Pedro da Aldeia, município da Região dos Lagos, no último sábado (3) foram retirados de uma casa de prostituição por criminosos armados após uma confusão no local. É o que relata o pai do sargento do Exército Júlio Cesar Mikaloski, uma das vítimas.
Elisandro Equey, de 61 anos, esteve na 125ª Delegacia de Polícia (125ª DP), responsável pelas investigações do caso, logo após ser avisado pela polícia de que o corpo do filho e do amigo – o sargento da Marinha Sidney Lins dos Santos Júnior, haviam sido encontrados dentro de um carro na Estrada da Caveira. Acompanhado da família, o homem saiu do Rio de Janeiro e chegou à Região dos Lagos no início da madrugada de domingo (4).
Em entrevista a um jornal da capital, Elisandro conta que ficou aguardando os procedimentos serem feitos na distrital e que algumas testemunhas foram chamadas para depor. Segundo ele, um terceiro amigo dos militares, que mora na região, estava com os sargentos no dia em que eles foram torturados e executados. Ele também prestou depoimento na delegacia.
Durante as oitivas, Elisandro teve acesso a um dos depoimentos que relatava o que poderia ter acontecido com Júlio e Sidney na noite em que foram assassinados. Os amigos estavam em uma casa de prostituição quando uma confusão começou. Eles foram retirados do estabelecimento por elementos arados com fuzis, que entraram no local e levaram os militares para o carro e seguiram em direção à Estrada da Caveira, onde foram carbonizados.
O pai de Júlio conta que o filho estava acostumado a entrar em lugares perigoso e, por mais que tivesse licença para andar armado, não estava em posse de nenhuma pistola ou revólver no dia em que esteve na Região dos Lagos. Elisandro levanta a hipótese de que “para tentar conter a confusão, ele deve ter se identificado como militar”, o que pode ter “piorado as coisas”.
As famílias dos militares seguem aguardando o resultado dos exames de DNA que comprovem a identidade de Júlio e Sidney, para que os corpos possam ser liberados do Instituto Médico Legal (IML) de Cabo Frio, para onde foram encaminhados, e o sepultamento seja realizado.
A 125ª DP de São Pedro da Aldeia continua à frente das investigações e realiza diligências para identificar os autores do crime.
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