Gavião-caboclo é resgatado pela Guarda Ambiental de SaquaremaDivulgação/Prefeitura de Saquarema
Publicado 22/05/2023 15:59 | Atualizado 22/05/2023 16:39
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A Guarda Ambiental de Saquarema resgatou três animais na última semana. Na quinta-feira (18), os agentes realizaram o resgate de um Gavião-caboclo (Heterospizias meridionalis) no bairro de Mombaça e de uma coruja-orelhuda (Asio clamator) em Alvorada. Enquanto na sexta-feira (19), uma cobra coral foi resgatada em Barra Nova.
Na tarde da quinta-feira (18), o proprietário de um sítio no bairro da Mombaça, encontrou o gavião ferido e sem conseguir voar. Os agentes da Guarda foram acionados e realizaram o resgate.
A coruja foi encontrada dentro de um galinheiro, no bairro da Alvorada. Ao capturar o animal, os agentes notaram que a coruja estava com grandes ferimentos nas asas. Ambas as aves foram encaminhadas ao Instituto BW, ONG parceira voltada para a preservação e reabilitação de animais selvagens na Região dos Lagos, onde receberão os tratamentos necessários para, então, serem devolvidas ao seu hábitat.
Já na sexta-feira (19), foi a vez de uma cobra coral. Ao ser constatado que se tratava de uma cobra coral verdadeira, o réptil, com cerca de 90 cm de comprimento, foi encaminhado ao Instituto Vital Brasil, onde permanecerá para estudos e produção de soro antiofídico.

O gavião, a coruja e a cobra

O gavião-caboclo chega a medir 55 cm e tem uma estratégia interessante de sobrevivência: Quando há incêndios ou queimadas, ela pousa nos galhos, bem em frente ao fogo e a poucos metros das labaredas, espreitando para capturar pequenos vertebrados e insetos em fuga. Depois, no rescaldo, se alimenta de animais e insetos moribundos ou mortos. E faz isso sem qualquer concorrência, porque o fogo espanta outros gaviões do local. Por conta desse hábito de caça, é chamado também de gavião-fumaça.

A coruja-orelhuda é um animal de hábitos noturnos encontrado em todas as áreas florestais do Brasil, exceto na Amazônia. Pode medir cerca de 40 cm e viver aproximadamente 20 anos, em locais com boa oferta de presas como roedores, morcegos, gambás, insetos grandes, lagartos e rãs. Além de ter uma poderosa visão, essa espécie possui um disco facial bem destacado, que desempenha importante papel na ampliação do volume do som captado, facilitando a localização das presas.

Já cobra-coral-verdadeira é venenosa, mas não dá botes quando se sente ameaçada. Quando atacada ou incomodada, se defende com “mordidas”. Todos os acidentes com humanos ocorrem de maneira ativa, ou seja, após ser a cobra manipulada, contida ou, ainda, quando pisoteada por pessoas com os pés descalços.

A Secretaria Municipal de Segurança, através da Guarda Ambiental de Saquarema, alerta à população sobre a importância de não manipular animais silvestres, pois o contato sem a constatação do seu bom estado sanitário pode ser prejudicial à saúde. A Guarda solicita a quem se deparar com animais silvestres precisando de resgate, seja por estarem fora de seu habitat ou por se encontrarem machucados, que entre em contato pelo telefone 22 99279-0540.
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