Yago Dora treinando na Praia de Itaúna para buscar o bi no Vivo Rio Pro Daniel Smorigo/WSL
Publicado 25/06/2024 14:11
Saquarema - O Vivo Rio Pro apresentado por Corona deve começar nesta quarta-feira (26), às 7h, na cidade de Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. A etapa brasileira do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) é a penúltima para definir quem vai disputar os títulos mundiais da temporada 2024 no Lexus WSL Finals em Trestles, na Califórnia. Portanto, é uma competição decisiva e a prioridade é que seja disputada nas melhores ondas possíveis na Praia de Itaúna. O evento vem sendo adiado desde sábado (22), mas o público aproveitou para se divertir e curtir as várias atrações da Vila dos Patrocinadores, que abre todos os dias com ou sem competição na Capital Nacional do Surf.
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A previsão das ondas está muito boa para os próximos três dias, então o show de surfe está garantido. A expectativa agora é se o Vivo Rio Pro apresentado por Corona em Saquarema, será inaugurado pela categoria feminina ou pela masculina. Isso só será decidido nas primeiras horas da manhã da quarta-feira. Se a direção técnica do evento, escolher começar pelas mulheres, a estreia do Brasil será em dose dupla na segunda das quatro baterias. Nesta primeira fase, as vencedoras avançam direto para as quartas de final e as perdedoras têm outra chance de classificação nos duelos eliminatórios da repescagem.
A única brasileira que está na briga por vaga no top-5, é Tatiana Weston-Webb. Ela e uma das três convidadas para o Vivo Rio Pro esse ano, Tainá Hinckel, vão enfrentar a líder do ranking e campeã da etapa brasileira do CT no ano passado, Caitlin Simmers. Na terceira bateria, tem a Sophia Medina com a campeã mundial Caroline Marks e a havaiana Bettylou Sakura Johnson. E na quarta e última, está Luana Silva com a costa-ricense Brisa Hennessy e a havaiana Gabriela Bryan.

Se o Vivo Rio Pro apresentado por Corona for iniciado pelos homens, os dois convidados serão os primeiros brasileiros a tentar passar direto para as oitavas de final. Mas quem não vencer, terá uma segunda chance na repescagem, quando as baterias passam para o formato homem a homem. Vice-campeão da etapa brasileira em 2022, Samuel Pupo está na terceira bateria com os australianos Jack Robinson e Ryan Callinan. E o local de Saquarema, João Chianca, entra na quarta com o atual líder do ranking e bicampeão mundial John John Florence e o marroquino Ramzi Boukhiam.
Os três brasileiros que estão batendo na porta de entrada dos top-5, foram escalados nas baterias que vão fechar a primeira fase. O número 6 do ranking, Gabriel Medina, estreia na sexta com o indonésio Rio Waida e o italiano Leonardo Fioravanti. O sétimo, Italo Ferreira, entra na sétima bateria com o americano Crosby Colapinto e o australiano Liam O´Brien. Na última, o oitavo colocado, Yago Dora, faz a sua primeira defesa do título do Vivo Rio Pro, contra o californiano Jake Marshall e Matthew McGillivray da África do Sul.

Vagas no TOP-5
Os três brasileiros estão numa briga direta, fase a fase, com outro sul-africano, Jordy Smith. No momento, ele está fechando o grupo dos top-5, que se classifica para decidir o título mundial no Lexus WSL Finals. Entre os quatro, quem conseguir o melhor resultado no Vivo Rio Pro apresentado por Corona, ficará na frente. Jordy Smith tem 24.970 pontos, contra 24.235 do Medina, 24.045 do Italo e 23.835 do Yago. O trio titular da seleção brasileira da WSL, se destacou nas duas últimas etapas.
O tricampeão mundial Gabriel Medina fez o maior somatório em etapas do CT depois da pandemia, com o tubaço nota 10 em Teahupo´o e os 19,83 pontos que atingiu nas oitavas de final do SHISEIDO Tahiti Pro. O recorde era 19,33 do John John Florence, também em um tubo na etapa do Havaí em Pipeline em 2023. Italo Ferreira foi o campeão em Teahupo´o esse ano, na final com o havaiano que depois venceu a etapa de El Salvador, derrotando Yago Dora. John John não perde a liderança do ranking no Vivo Rio Pro apresentado por Corona e foi o primeiro a garantir seu nome no Lexus WSL Finals.

Década de ouro
O havaiano é o único surfista que conseguiu impedir a hegemonia de títulos mundiais nessa década de ouro do Brasil. O fenômeno Gabriel Medina foi o primeiro brasileiro a ser campeão do mundo em 2014, Adriano de Souza foi o segundo em 2015 e John John Florence foi bicampeão em 2016 e 2017. Medina igualou o bi em 2018, o campeão olímpico Italo Ferreira conquistou o título de 2019 e em 2020 o circuito foi cancelado por causa da pandemia. Depois só deu Brasil no novo formato para decidir o título em um único dia, entre os 5 melhores da temporada. Gabriel Medina entrou no seleto grupo de tricampeões mundiais no WSL Finals de 2021 e Filipe Toledo foi bicampeão nas ondas de Trestles em 2022 e 2023.
Na categoria feminina, Tatiana Weston-Webb foi vice-campeã mundial do primeiro WSL Finals em 2021, perdendo para Carissa Moore a melhor de três baterias que decidiu o título. Em 2022, a brasileira ficou em quarto lugar e no ano passado não se classificou. Neste ano, a situação está difícil para ela, que chegou no Brasil em oitavo no ranking. A única chance para Tatiana entrar no grupo das top-5 no Brasil, é a vitória no Vivo Rio Pro em Saquarema. Só assim consegue ultrapassar a pontuação atual da australiana Molly Picklum e da francesa Johanne Defay, que dividem a quarta posição no ranking.

WSL Finals 2024
No momento, as top-5 que estão se classificando para o Lexus WSL Finals 2024 em Trestles, na Califórnia, EUA, são Caitlin Simmers em primeiro lugar, com a campeã mundial Caroline Marks em segundo, Brisa Hennessy em terceiro e Molly e Johanne empatadas em quarto lugar. Entre os homens, John John Florence já está garantido nos top-5 e Jack Robinson ocupa a segunda posição, com Griffin Colapinto em terceiro lugar, Ethan Ewing em quarto e o mais ameaçado, Jordy Smith, fecha os top-5.
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