População de bairros não atendidos pela rota do caminhão de coleta, pode separar o lixo reciclável e depositar em um dos oito ecopontos espalhados por TeresópolisDivulgação Unifeso
Publicado 21/07/2023 15:00
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O Programa Municipal de Coleta Seletiva de Teresópolis, o ‘Recicla Terê’, acaba de completar três anos. Nesse período, o programa foi progressivamente ganhando a adesão dos moradores das áreas abrangidas, o que possibilitou a ampliação do número de bairros atendidos, de 14 para 31, com rotas do caminhão de coleta, representando um crescimento de mais de 100%. No início, eram processadas, mensalmente, 7 toneladas de material reciclável e hoje são 13 toneladas.

O que muita gente não sabe é que o programa não é apenas uma iniciativa ambiental, mas também de inclusão social. Isso porque a renda obtida com a venda dos recicláveis é destinada para a Associação de Catadores de Teresópolis, que a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), ajudou a organizar, dessa forma retirando catadores do aterro sanitário e oferecendo oportunidade de trabalho digno e renda. Atualmente, são 5 catadores que garantem cerca de R$ 1.300,00 de renda para as famílias. 
O Programa é um pontapé inicial importante no caminho de uma política pública assertiva de gestão de resíduos sólidos, na direção da Política Nacional de Resíduos Sólidos, especialmente se considerado que em 2020, oito anos depois do lançamento dessa política nacional, Teresópolis tinha zero coleta seletiva. Mas os números ainda são tímidos, seguindo uma tendência do país, que só recicla menos de 4% de seus resíduos sólidos. Teresópolis ainda usa apenas 20% da capacidade de processamento mensal de resíduos do centro de triagem, que pode alcançar até 60 toneladas. Segundo a SMMA, a tendência é de que esses resultados melhorem em breve, com o investimento que a gestão municipal está fazendo em mais um caminhão baú para ampliar as rotas de coleta.
“O ‘Recicla Terê’ é um programa socioambiental que protege o meio ambiente e gera renda para os filiados à Associação. É um programa importantíssimo dentro das políticas públicas para gestão dos resíduos de Teresópolis. Já iniciamos o transbordo do lixo e aos poucos vamos desativar o aterro do Fischer. Com isso, estamos trabalhando para aumentar, em breve, o número de vagas no galpão da reciclagem para os catadores do Fischer, fazendo com que todos tenham um trabalho digno para sustentar suas famílias", frisou o Prefeito Vinicius Claussen.

Adesão da população é essencial para expansão do programa

Uma das dificuldades de avançar nos resultados do programa, segundo a SMMA, é a adesão ainda baixa da população. Em Teresópolis, a cultura da separação do lixo ainda não é amplamente difundida, não muito diferente da realidade nacional. Uma pesquisa do Ibope, em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revelou que mais de 70% dos brasileiros não separam o lixo em comum e reciclável e 77% sabem quais os lixos recicláveis, mas resistem a fazer o descarte correto.

Para fazer frente a esse desafio, a SMMA afirma realizar campanhas educativas nas escolas públicas e também reuniões de conscientização junto aos grandes geradores de resíduos, tais como empresas e condomínios. Síndicos e empresários interessados em adotar a coleta seletiva podem procurar o órgão para orientações, pelos contatos: meioambiente@teresopolis.rj.gov.br · (21) 2742-7763.


Ecopontos estão distribuídos pela cidade e interior nos bairros ainda fora da rota
O município disponibiliza oito ecopontos para que a população deposite seus recicláveis. Esse número já foi maior, mas alguns deles foram removidos devido às frequentes depredações e furtos dos recicláveis, informou a SMMA. Por isso, a secretaria optou por manter apenas os econpontos instalados em locais privados, mais seguros, mas que dão acesso ao público. São eles: Prédio Administrativo da Prefeitura (Várzea), Sesc Teresópolis (Várzea), Sesc Alpina (Golfe), Campus Sede Unifeso (Alto), Campus Unifeso Vale do Paraíso, Galpão de Reciclagem (Estrada do Caxambu, Três Córregos), AMAVALE (Agriões de Dentro) e Parque Municipal (Santa Rita). 
Aplicativo informa rotas, ecopontos e dá dicas de como separar os resíduos
Disponível na Play Store para Android, o app ReciclaTerê é de caráter informativo, contendo dados sobre os materiais recicláveis (papel, plástico, vidro e metal), orgânicos, lixo eletrônico, pilhas e baterias e também não recicláveis. O usuário contará com a localização exata dos ecopontos que estão disponíveis na cidade e através do mapa, saber qual é o mais próximo da sua residência ou trabalho. As rotas do caminhão da coleta seletiva também estão disponíveis no aplicativo, com períodos do dia e bairros disponíveis.
Criado por meio de uma parceria da Prefeitura/Secretaria de Meio Ambiente com o curso de Ciência da Computação do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) e a Associação de Catadores de Teresópolis, o app está em processo de atualização para inclusão das novas rotas.
 
Como separar o lixo: aprenda a fazer coleta seletiva em casa
São 4 os materiais recicláveis mais comuns: papel, plástico, metal e vidro.
Papel: todos os tipos de papéis são recicláveis, até mesmo as caixas de papelão e longa vida. Mas papéis com material orgânico, como caixas de pizza, filtros de cigarro, fitas adesivas, entre outros, não devem ser enviados para a reciclagem.

Plásticos: também podem ser reaproveitados em sua totalidade. Separe as sacolinhas de supermercado, garrafas PET, tampinhas etc.

Vidros: em sua maioria, são recicláveis, desde que estejam limpos e secos. Há algumas exceções, como lâmpadas, cristais, espelhos, vidros de automóveis ou temperados, cerâmica e porcelana.

Metais: da mesma forma, metais são materiais reaproveitáveis. Além de todos os tipos de latas de alumínio, também é possível reciclar tampinhas, pregos e parafusos. Clipes, grampos, canos e esponjas de aço não são recicláveis.

Antes de colocar para reciclagem, é preciso lavar todas as embalagens. Os papéis devem estar secos. Podem ser dobrados, mas não amassados. É importante também embrulhar vidros quebrados e outros materiais cortantes em papel grosso (do tipo jornal) ou colocados em uma caixa para evitar acidentes. As garrafas e frascos não devem ser misturados com os vidros planos.
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