Varizes são veias dilatadas e tortuosas, que causam dor e inchaçoReprodução
Por O Dia
Publicado 21/06/2018 17:01 | Atualizado 21/06/2018 17:02

Rio - Com o lançamento da Campanha Nacional de Segurança da Escleroterapia, mais conhecido como aplicação de varizes, a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) chama atenção para a Lei do Ato Médico, que determina que apenas angiologistas e cirurgiões vasculares podem realizar tal tratamento. Muitas pessoas acreditam que varizes são apenas uma questão estética quando, na verdade, é uma doença crônica que piora progressivamente. Segundo estimativas, 35,5% dos brasileiros sofrem com varizes, uma das doenças crônicas que mais incapacitam trabalhadores no país.

Buscando profissionais não médicos para tratar a doença, o paciente corre risco de sofrer consequências sérias. Os médicos alertam que podem ocorrer complicações, que vão desde a insatisfação estética com o resultado até ameaça à integridade física da pessoa, como trombose, embolia pulmonar, gangrena, infecções e reações alérgicas graves.

"A avaliação e o tratamento só devem ser feitos com esses especialistas. Eles são capacitados para avaliar o sistema circulatório, realizando o tratamento em segurança. Caso não seja tratada as varizes podem causar diversas complicações, como úlceras venosas (feridas) e insuficiência venosa crônica, caracterizada pela incapacidade das veias das pernas bombearem um volume suficiente de sangue de volta ao coração”, alerta Breno Caiafa, presidente da SBACV-RJ.

 

As varizes são veias dilatadas, alongadas e tortuosas, que podem causar inchaço, dor, cansaço e sensação de peso nas pernas, parte do corpo normalmente mais afetada. “O sangue que circula pelo nosso corpo volta para o coração através das veias, que possuem válvulas para ajudá-lo a fluir de baixo para cima, contra o efeito da gravidade. Quando essas válvulas não funcionam corretamente, o sangue retorna e se acumula nas veias das pernas, fazendo com que fiquem sobrecarregadas e dilatem”, explica Breno Caiafa, presidente da SBACV-RJ.

Há ainda a ozonoterapia, outro tratamento que a campanha chama atenção, pois não há qualquer embasamento científico de sua eficiência ou segurança – o Conselho Federal de Medicina chegou a emitir uma nota de repúdio ao Projeto de Lei que autoriza o método. As denúncias de profissionais não médicos realizando um desses tratamentos pode ser feita através do site www.sbacv.org.br, na aba 'Defesa Profissional/Denúncia'. Segundo o órgão, é importante recolher informações e provas, se possível, da prática irregular. A identidade de quem faz a denúncia é sigilosa.

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