Publicado 21/01/2022 14:19
Rio - Já faz parte da fraqueza humana: o que é visto como diferente, é tratado com desconfiança, medo, preconceito. Que o digam as pessoas que possuem algum tipo de doença que é facilmente detectada, como o vitiligo, alteração dermatológica que ‘rouba’ a pigmentação da pele, deixando características manchas no corpo, principalmente as partes mais expostas ao sol: rosto, pescoço, colo, braços e mãos.
A participante do BBB 22 Natalia Deodato possui vitiligo e descobriu a doença aos 9 anos, quando percebeu as primeiras manchas aparecendo. Em entrevista para a produção do programa, ela revelou que passou muito tempo cobrindo as manchas. "Eu tinha vergonha, eu tampava, só depois entendi o que é e passei a me respeitar com a doença", comentou a sister.
“É uma doença autoimune. O tamanho das manchas pode variar de pessoa para pessoa e são causadas pela diminuição dos melanócitos, que são as células da pele, responsáveis pela produção da melanina, que é o pigmento", ensina a dermatologista Mariana Corrêa.
A doença pode ter relação com traumas físicos ou emocionais, sendo que o estresse pode ser um dos causadores. "Costuma surgir uma mancha pequena e única que pode ir aumentando em tamanho ou em quantidade, se o tratamento não for realizado", explica a dermatologista.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, essa é uma doença que afeta 1% da população mundial, e no Brasil chega a 0,5%. "Em estado mais avançado, o dermatologista vai indicar um tratamento que se chama fototerapia, que ajuda a promover a proteção das áreas já afetadas, além de medicamentos que vão auxiliar na estimulação da produção dos melanócitos", comenta Mariana Corrêa.
Dia 25 de junho foi instituído como Dia Mundial do Vitiligo, com o objetivo de levar mais conhecimento às pessoas sobre essa condição autoimune e, assim, diminuir o preconceito, além de ajudar a divulgar tratamentos. Existe o vitiligo unilateral, que fica só de um lado do corpo, e o bilateral, que alcança os dois lados. Essa doença não é contagiosa, ao contrário do que muitos ainda acreditam. Ela costuma se manifestar antes dos 20 anos, mas pode surgir em qualquer idade e em qualquer tipo de pele, sendo a maior incidência em pessoas com pele escura.
Quebra de padrão
Há algumas décadas, seria inimaginável uma modelo fazer sucesso – menos ainda, conseguir ter essa profissão – apresentando um quadro de vitiligo. A modelo canadense Winnie Harlow, há alguns anos, quebrou essa barreira ao fazer grandes campanhas e falar, sem constrangimentos, de ter a doença. No Brasil, algumas meninas também não abriram mão de expor suas belezas e características únicas, como as modelos Larissa Sampaio, Carine Guimarães e Barbarhat Sueyassu, que também é influenciadora digital e mantém, na sua bio do Instagram, uma frase que representa tudo isso: “Quebrando padrões e consertando espelhos”.
Há algumas décadas, seria inimaginável uma modelo fazer sucesso – menos ainda, conseguir ter essa profissão – apresentando um quadro de vitiligo. A modelo canadense Winnie Harlow, há alguns anos, quebrou essa barreira ao fazer grandes campanhas e falar, sem constrangimentos, de ter a doença. No Brasil, algumas meninas também não abriram mão de expor suas belezas e características únicas, como as modelos Larissa Sampaio, Carine Guimarães e Barbarhat Sueyassu, que também é influenciadora digital e mantém, na sua bio do Instagram, uma frase que representa tudo isso: “Quebrando padrões e consertando espelhos”.
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