Publicado 07/04/2022 09:06
Nesta semana, a coordenadora da Vigilância Ambiental de Volta Redonda e responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Janaína Soledad, participou como convidada, de um evento realizado na Universidade Federal Fluminense (UFF). O encontro foi promovido pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV).
O evento contou com a presença de veterinários que atuam na rede de saúde de Volta Redonda e abordou o tema: esporotricose que é uma doença provocada por fungo que afeta humanos e animais, como cães e gatos, e que tem tratamento.
Janaína esclareceu as formas de diagnóstico, transmissão e tratamento da enfermidade e dos serviços disponibilizados pelo município. Segundo ela, poucos veterinários particulares ainda não notificam os casos de esporotricose, o que é importante para o controle da doença. De acordo com a coordenadora, é preciso que esses profissionais orientem os tutores dos animais de que a doença tem tratamento.
“A esporotricose é uma doença que tem tratamento e damos o apoio necessário aos tutores. Nesses casos, basta o tutor entrar em contato com o CCZ, através do número 3339-4555, para agendar o exame, que é realizado no próprio Centro de Controle de Zoonoses. Damos também todo o direcionamento que deverá ser feito com o animal com suspeita da doença”, falou Janaína.
A coordenadora da Vigilância Ambiental de VR, ainda destacou que em caso de óbito de animal com diagnóstico da doença, é importante o tutor entrar em contato com o CCZ para que ocorra a destinação correta.
“O animal não pode ser enterrado, pois o fungo vive na terra”, explicou Janaína Soledad.
Os casos suspeitos ou confirmados de esporotricose devem ser notificados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), via Centro de Controle de Zoonoses, pelo telefone 3339-4555 ou por e-mail: zoonoses.ambiental@gmail.com.
A notificação é importante para que a SMS tenha conhecimento sobre as áreas com maior risco para a ocorrência de casos humanos e animais, para adotar medidas de controle pertinentes. Tanto o profissional médico veterinário atuante no atendimento clínico, quanto o responsável pelo animal podem efetuar a notificação da doença suspeita ou confirmada.
A esporotricose é causada por um fungo (Sporothrix schenckii) e se caracteriza por lesões na pele. Vários animais, inclusive o homem, podem contraí-la. Este fungo é encontrado na natureza, e pode-se contrair a doença por ferimentos com vegetais, contato com a terra e arranhadura ou mordedura de gatos que tenham a esporotricose.
Segundo as informações, o diagnóstico é realizado através do reconhecimento da lesão por um médico, no caso da doença humana, ou um médico veterinário, em animais, e confirmado laboratorialmente pela identificação do fungo no material colhido na lesão.
Segundo a coordenadora da Vigilância Ambiental de Volta Redonda, o exame é indolor e é feito com uma lâmina que encosta na ferida do animal, por isso é necessário que ele tenha feridas e a suspeita clínica da doença. O município fornece receituário dos medicamentos que ficam na responsabilidade do tutor e faz todo o acompanhamento do tratamento do animal.
Leia mais