Publicado 21/09/2022 17:08
Volta Redonda - O Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer, 21 de setembro, foi marcado em Volta Redonda pela realização do 3º workshop sobre a doença nesta quarta-feira (21). O evento, realizado pela prefeitura de Volta Redonda, através da Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac), aconteceu no Centro Dia Synval Santos, especializado em atendimento à pessoa idosa com Alzheimer, que fica localizado no bairro Jardim Paraíba. Cento e vinte inscritos participaram das oficinas promovidas pelos organizadores do evento.
Durante o workshop aconteceram seis tipos de oficinas temáticas, onde foram ensinados na prática, cuidados inerentes à pessoa com Alzheimer. Foram também abordados temas como os desafios da relação; estímulos motores e os benefícios na redução dos níveis de ansiedade; interdição e curatela do idoso com a doença; alcances e impactos dos trabalhos motores e laborais na preservação das capacidades do idoso com Alzheimer; o poder do som e da música no resgate das capacidades cognitivas e emocionais; e a apresentação dos projetos e as metodologias do Centro de Alzheimer na relação diária com os idosos.
A secretária municipal de Ação Comunitária, Carla Duarte, ressalta que o evento foi organizado para que os participantes pudessem aprender de forma prática, como funciona o Centro de Alzheimer e como são realizados os cuidados diariamente.
“O centro, o primeiro público da América Latina, foi fundado há oito anos e ao longo desse tempo já atendemos 236 idosos, além de suas famílias. Isso representa uma grande experiência de como conviver e cuidar de uma pessoa com Alzheimer. Mostramos para os participantes todos esses conhecimentos práticos que adquirimos. Assim eles vão levar para casa, ou para os seus locais de trabalho, formas de melhor atuar e cuidar desses idosos, facilitando a comunicação com eles. Ficamos muito felizes em receber cinco municípios amigos e parceiros para essa troca de conhecimento”, disse a secretária.
O grande diferencial dessa terceira edição foi a realização da oficina metodológica dos subprojetos que são desenvolvidos no Centro de Alzheimer. Durante esse momento foram expostos os projetos que vêm sendo montado com os idosos, que não estão catalogados em nenhuma publicação acadêmica sobre a doença.
Entre eles estavam as mesas de interesse e os painéis neurossensoriais, que são frutos da observação diária da equipe do Centro e que contribuem para a redução da ansiedade, aumentam o tempo de permanência e os mantêm mais equilibrados e menos inquietos de forma motora, levando em conta a história de cada um deles.
A diretora do Departamento de Proteção Especial Social da Smac, Denise Alves de Carvalho, agradeceu a presença de todos e destacou a importância do workshop.
“Esse é o terceiro ano que estamos realizando esse evento, que tem objetivo de capacitar, não só os familiares, mas também os técnicos. Recebemos muitas visitas de cidades vizinhas que vêm conhecer o trabalho desenvolvido aqui e as experiências do nosso dia a dia. Hoje eles puderam conhecer as práticas que realizamos”, disse a diretora.
A coordenadora do Centro Dia Synval Santos, Danielle da Silva Freire, ressaltou que o objetivo do evento foi de dar informação, de forma prática, para que as pessoas pudessem vivenciar e experimentar o cuidado.
“Muitas pessoas participam de eventos cuja programação são palestras. Elas saem de lá com o conhecimento do que é dito e não do que é vivido. Todas as oficinas temáticas de hoje foram realizadas por nossa equipe, desenvolvendo atividades do dia a dia. Demos um embasamento teórico e o restante da oficina foi mostrando como cuidamos dos nossos idosos”, explicou a coordenadora.
O médico psiquiatra e psicanalista Otelo Correa dos Santos Filhos, que trabalha com projetos de saúde coletiva ligados à atenção primária e o cuidado com o idoso, falou sobre a importância do Centro de Alzheimer e de eventos como esse.
“Esse evento é fundamental. Primeiro porque o Centro de Alzheimer trabalha com os níveis 1 e 2 de gravidade da doença. Os pacientes com esses níveis ainda têm possibilidades enormes, se tiverem estímulos cognitivos, com tratamento da doença de base como hipertensão, diabetes e a socialização dessas pessoas. O isolamento é fator fundamental no mau prognóstico do Alzheimer e no progresso inadequado da doença. Então um centro como esse, que cuida das pessoas de forma tão humanizada e delicada, que dá conta da singularidade de cada pessoa, é essencial. Um espaço como esse evita a progressão mais rápida da doença nessas pessoas”, disse o médico.
A coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Angra dos Reis, Raidyr Doerl, elogiou a iniciativa da prefeitura de Volta Redonda.
“Essa é uma excelente iniciativa da prefeitura. Passamos o dia aprendendo mais sobre esse tipo de perfil de idosos com diagnóstico de Alzheimer. Vamos levar esse conhecimento para a nossa cidade, para colocarmos em prática, além de multiplicar o que nos foi passado”, disse Raidyr.
O centro
Durante o workshop aconteceram seis tipos de oficinas temáticas, onde foram ensinados na prática, cuidados inerentes à pessoa com Alzheimer. Foram também abordados temas como os desafios da relação; estímulos motores e os benefícios na redução dos níveis de ansiedade; interdição e curatela do idoso com a doença; alcances e impactos dos trabalhos motores e laborais na preservação das capacidades do idoso com Alzheimer; o poder do som e da música no resgate das capacidades cognitivas e emocionais; e a apresentação dos projetos e as metodologias do Centro de Alzheimer na relação diária com os idosos.
A secretária municipal de Ação Comunitária, Carla Duarte, ressalta que o evento foi organizado para que os participantes pudessem aprender de forma prática, como funciona o Centro de Alzheimer e como são realizados os cuidados diariamente.
“O centro, o primeiro público da América Latina, foi fundado há oito anos e ao longo desse tempo já atendemos 236 idosos, além de suas famílias. Isso representa uma grande experiência de como conviver e cuidar de uma pessoa com Alzheimer. Mostramos para os participantes todos esses conhecimentos práticos que adquirimos. Assim eles vão levar para casa, ou para os seus locais de trabalho, formas de melhor atuar e cuidar desses idosos, facilitando a comunicação com eles. Ficamos muito felizes em receber cinco municípios amigos e parceiros para essa troca de conhecimento”, disse a secretária.
O grande diferencial dessa terceira edição foi a realização da oficina metodológica dos subprojetos que são desenvolvidos no Centro de Alzheimer. Durante esse momento foram expostos os projetos que vêm sendo montado com os idosos, que não estão catalogados em nenhuma publicação acadêmica sobre a doença.
Entre eles estavam as mesas de interesse e os painéis neurossensoriais, que são frutos da observação diária da equipe do Centro e que contribuem para a redução da ansiedade, aumentam o tempo de permanência e os mantêm mais equilibrados e menos inquietos de forma motora, levando em conta a história de cada um deles.
A diretora do Departamento de Proteção Especial Social da Smac, Denise Alves de Carvalho, agradeceu a presença de todos e destacou a importância do workshop.
“Esse é o terceiro ano que estamos realizando esse evento, que tem objetivo de capacitar, não só os familiares, mas também os técnicos. Recebemos muitas visitas de cidades vizinhas que vêm conhecer o trabalho desenvolvido aqui e as experiências do nosso dia a dia. Hoje eles puderam conhecer as práticas que realizamos”, disse a diretora.
A coordenadora do Centro Dia Synval Santos, Danielle da Silva Freire, ressaltou que o objetivo do evento foi de dar informação, de forma prática, para que as pessoas pudessem vivenciar e experimentar o cuidado.
“Muitas pessoas participam de eventos cuja programação são palestras. Elas saem de lá com o conhecimento do que é dito e não do que é vivido. Todas as oficinas temáticas de hoje foram realizadas por nossa equipe, desenvolvendo atividades do dia a dia. Demos um embasamento teórico e o restante da oficina foi mostrando como cuidamos dos nossos idosos”, explicou a coordenadora.
O médico psiquiatra e psicanalista Otelo Correa dos Santos Filhos, que trabalha com projetos de saúde coletiva ligados à atenção primária e o cuidado com o idoso, falou sobre a importância do Centro de Alzheimer e de eventos como esse.
“Esse evento é fundamental. Primeiro porque o Centro de Alzheimer trabalha com os níveis 1 e 2 de gravidade da doença. Os pacientes com esses níveis ainda têm possibilidades enormes, se tiverem estímulos cognitivos, com tratamento da doença de base como hipertensão, diabetes e a socialização dessas pessoas. O isolamento é fator fundamental no mau prognóstico do Alzheimer e no progresso inadequado da doença. Então um centro como esse, que cuida das pessoas de forma tão humanizada e delicada, que dá conta da singularidade de cada pessoa, é essencial. Um espaço como esse evita a progressão mais rápida da doença nessas pessoas”, disse o médico.
A coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Angra dos Reis, Raidyr Doerl, elogiou a iniciativa da prefeitura de Volta Redonda.
“Essa é uma excelente iniciativa da prefeitura. Passamos o dia aprendendo mais sobre esse tipo de perfil de idosos com diagnóstico de Alzheimer. Vamos levar esse conhecimento para a nossa cidade, para colocarmos em prática, além de multiplicar o que nos foi passado”, disse Raidyr.
O centro
O Centro Dia Synval Santos é um serviço da prefeitura de Volta Redonda, através da Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac), por meio do Departamento de Proteção Especial Social. A unidade visa fornecer o atendimento qualificado e continuado, através de estimulação aos idosos com a doença de Alzheimer, já na fase média do desenvolvimento.
O centro fornece orientação, escuta, acolhimento e acompanhamento das famílias, reduzindo a sobrecarga natural que a doença tem como uma espécie de efeito colateral. Essas ações impactam na qualidade de vida da família e do usuário.
O local serve ainda como polo de orientação sobre a doença para a comunidade, e é um centro de estudo e pesquisa científica, para que as universidades desenvolvam estudos a respeito da doença nas mais diversas áreas.
O centro fornece orientação, escuta, acolhimento e acompanhamento das famílias, reduzindo a sobrecarga natural que a doença tem como uma espécie de efeito colateral. Essas ações impactam na qualidade de vida da família e do usuário.
O local serve ainda como polo de orientação sobre a doença para a comunidade, e é um centro de estudo e pesquisa científica, para que as universidades desenvolvam estudos a respeito da doença nas mais diversas áreas.
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