Capacidade de produção mensal é de mil pacotes, cada um contendo quatro fraldas geriátricas ou oito infantisArquivo/Secom PMVR
Publicado 06/10/2022 15:49
Volta Redonda - A primeira Fábrica de Fraldas de Volta Redonda – Ilda Mamede Ferreira – completou um ano de reabertura nesta quinta-feira (6), após ter sido desmobilizada na gestão passada. Reaberta pelo atual governo e administrada pela Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac), por meio do Banco da Cidadania, a unidade, localizada no bairro Ponte Alta, já disponibilizou oito mil fraldas geriátricas e infantis para diversas entidades, além de atender também a demandas emergenciais na cidade, reafirmando a sua relevância produtiva e social.
De acordo com a secretária municipal de Ação Comunitária, Carla Duarte, a reabertura desse espaço e a ampliação do programa representam a preocupação que o governo municipal tem com as entidades assistenciais do município.
“Nosso objetivo é solidificar essa parceria com as entidades do nosso município, assim como promover o bem-estar das crianças e idosos que são assistidos por eles. Fizemos um grande esforço, recuperamos o local e os equipamentos para que a fábrica pudesse voltar a funcionar, cumprindo o seu importante papel social. Ampliamos também o programa para que mais pessoas pudessem ser beneficiadas e queremos, cada dia mais, atender quem necessita desse tipo de serviço”, disse a secretária.
Funcionamento
A Fábrica de Fraldas faz parte de um programa de grande relevância social, com instalações e equipamentos próprios. Além de atender parte das demandas do município com fraldas descartáveis de adulto e infantil, também acolhe oito jovens menores aprendizes, egressos dos programas de assistência social de enfrentamento a situações de vulnerabilidade, da secretaria de Ação Comunitária. No programa, os jovens atuam como estagiários, aprendendo a fabricação de fraldas, noções de empreendedorismo e de direitos do trabalho. Todos recebem uma ajuda de custo mensal de meio salário-mínimo, uniforme e passagem.
Toda a produção, além do trabalho social com a cidadania dos jovens aprendizes, também é destinada para ajudar no atendimento das necessidades das ILPI’s (Instituições de Longa Permanência de Idosos) cadastradas na Smac. A capacidade de produção mensal da Fábrica de Fraldas é de mil pacotes. Cada pacote contém quatro fraldas geriátricas e oito infantis.
Entre as instituições que já foram beneficiadas neste primeiro ano estão: Asilo Lar dos Velhinhos, que fica bairro Monte Castelo (250 pacotes); Asilo da LBV, em Santa Rita do Zarur (300 pacotes); GAPC – Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer (100 pacotes); S.O.S Voldac (350 pacotes); Casa Abrigo Deiva Rampline Rebello (50); Creche Lar Maria Isabel Galvão, no Retiro (100 pacotes); Hospital Municipal Dr. Munir Rafful (395 pacotes); ILPI João Miguel da Silva, o Asilo Dom Bosco (200 pacotes). Outras demandas emergenciais e pontuais, de famílias em vulnerabilidade social atendidas pelos programas da Smac, também foram atendidas.
Segunda unidade
Diante da importância desse programa, o governo municipal inaugurou uma segunda unidade da Fábrica de Fraldas, que fica no bairro Voldac. A unidade - batizada Dona Munira Francisco, em homenagem à mãe do prefeito Antônio Francisco Neto – possui espaço próprio que foi reformado e adaptado. Para que a unidade pudesse funcionar, a administração municipal adquiriu novos equipamentos com o intuito de ampliar a produção e o programa.
De acordo com o coordenador do Banco da Cidadania, Fernando Martins, o objetivo é abrir mais uma unidade em Volta Redonda, através de parcerias com a iniciativa privada para ampliar a produção e o atendimento.
“Essa ampliação significa um impacto social muito grande, pois possibilitará atendermos mais jovens e famílias em vulnerabilidade social, bem como suprir as demandas das instituições. Desta forma, o Banco da Cidadania, que ficou sem ações na gestão passada, retoma sua funcionalidade e destinação com capacitação para o mercado de trabalho, além de ampliar suas ações, interagindo com as demais secretarias para conseguir atingir sua finalidade de geração de emprego e renda, pavimentando o caminho da cidadania plena de nossos munícipes”, disse o coordenador.
Absorventes menstruais
A Prefeitura de Volta Redonda vai fornecer também cerca de 20 mil absorventes menstruais, produzidos na Fábrica de Fraldas, para as alunas das escolas da Rede Municipal. Um dos focos principais será combater a chamada “pobreza menstrual”, que, entre outras coisas, causa a evasão escolar de meninas que não possuem condições de comprar absorventes.
“Vamos garantir mais dignidade para meninas e mulheres de Volta Redonda. A menstruação é um processo natural da vida das mulheres e não deve ser motivo de vergonha ou impedimento para realizar qualquer atividade. Mas com a vulnerabilidade econômica, muitas meninas e mulheres passam dificuldade para comprar o item de higiene pessoal. Com isso, muitas vezes elas deixaram de ir à escola durante o período menstrual, causando prejuízos para seu processo educativo. Queremos acabar com isso em Volta Redonda”, disse a secretária Carla Duarte.
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