Projeto que beneficia crianças e adolescentes com desvio severo na coluna vertebral já realizou 14 cirurgiasDivulgação/Secom PMVR
Publicado 20/12/2022 14:27 | Atualizado 20/12/2022 14:39
Volta Redonda - O projeto “Coluna Reta” promove a prevenção, tratamento e correção da escoliose idiopática, e encerrou o ano com mais duas cirurgias, no Hospital São João Batista (HSJB), em Volta Redonda. Desta vez, duas meninas, de 11 e 15 anos, foram beneficiadas com os procedimentos realizados no sábado (17). Alunos do curso de Medicina do UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda) acompanharam as cirurgias.
Desde a sua criação, em junho de 2021, o programa pioneiro no Brasil realizou 14 procedimentos cirúrgicos e encaminhou mais de 50 crianças e adolescentes para a realização de sessões de fisioterapia. De acordo com o ortopedista especialista em coluna e responsável pelo “Coluna Reta”, Juliano Coelho, a indicação para a cirurgia é quando a curvatura da coluna do paciente possui acima de 45º graus.
“O projeto é um sucesso. Desde a sua criação, foram cerca de 4 mil crianças e adolescentes, de 6 a 18 anos, que passaram por triagens. Quatorze delas foram submetidas às cirurgias de correção e mais de 50 encaminhadas para fisioterapia. É importante ressaltar que o tempo para essas crianças é muito importante. Se houver uma demora maior que seis meses, o grau de curvatura pode piorar e provocar grandes transtornos, como limitação da mobilidade e comprometimento da autoestima”, apontou Coelho.
A escoliose idiopática não tem uma causa conhecida e atinge milhões de pessoas no Brasil e em todo mundo. A doença provoca o desvio lateral e rotacional da coluna vertebral que acontece no período do estirão do crescimento (9 aos 14 anos). Mais comum em meninas, ela acomete em torno de 4% da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Quando em estágio avançado, causa deformidade estética, falta de ar, limitação para atividades laborais e diversos problemas psicológicos.
Ampliação das triagens e exemplo de sucesso
A partir do ano que vem, uma parceria com o UniFOA vai ampliar o número de triagens. Universitários do curso de Medicina farão os atendimentos nas escolas da rede municipal. A previsão é que em 10 meses, 25 mil estudantes passem por avaliação médica, com objetivo de prevenir e diagnosticar precocemente a escoliose idiopática.
Segundo Juliano Coelho, o programa realizado em Volta Redonda é exemplo para outros municípios, e existe a possibilidade da cidade se tornar um polo para atendimentos em todo o estado.
“O Munir (Francisco), quando secretário da Smac (Secretaria Municipal de Ação Comunitária), foi um grande incentivador do projeto. E hoje, como deputado estadual, talvez tenhamos condições de transformar Volta Redonda em um polo para poder atender a várias crianças e adolescentes de todo o estado. É um serviço de utilidade pública na medicina”, finalizou.
Os atendimentos do “Coluna Reta” são feitos na Policlínica da Cidadania, que fica no Estádio da Cidadania. Todas as crianças e adolescentes que já foram atendidos voltam para avaliações após um ano.
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