Publicado 23/01/2023 12:26 | Atualizado 23/01/2023 12:29
Volta Redonda - Crianças e adolescentes com transtorno de neurodesenvolvimento vêm apresentando evolução com o projeto “Laço Azul”, desenvolvido há um ano no Hospital Municipal Dr. Munir Rafful (Hospital do Retiro), em parceria com o UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda). A atividade oferece aos pacientes um atendimento integral, com uma equipe multidisciplinar formada por especialistas em neurologia infantil, psiquiatria, fonoaudiologia, educador físico, psicologia, terapia ocupacional e psicopedagogia. Hoje, são cerca de 550 crianças beneficiadas.
De acordo com o coordenador da Pediatria do Hospital do Retiro, o pediatra Amaro Inácio Filho, a iniciativa surgiu de uma demanda reprimida na rede pública para este perfil de paciente, que necessita de um acompanhamento especializado.
“O objetivo do tratamento é assegurar autonomia do paciente para lidar com o transtorno ao longo de sua vida e, assim, garantir sua dignidade, sem privações nas suas bases emocionais, sociais e culturais. O trabalho foi iniciado em janeiro de 2022 pelos três neurologistas pediátricos do ambulatório do Hospital Municipal Dr. Munir Rafful, e mais de 500 crianças já foram inseridas e seguem sendo acompanhadas por uma equipe multiprofissional. No projeto, os pacientes têm um plano terapêutico personalizado e os familiares também passam por entrevistas e acompanhamentos.”
O garoto Caio de Oliveira, de 8 anos, tem autismo e é atendido há um ano pelo projeto “Laço Azul”. A mãe Estela Camila está satisfeita com a evolução do filho e enumerou os avanços.
“Ele não ficava dentro de sala de aula, não ficava com outras crianças. Depois que ele começou com este trabalho, achei que deslanchou. Uma mudança que o Caio estava precisando. Agora ele sabe ler, escrever e até toca teclado”, revelou.
A psicopedagoga Monique da Silva, que acompanha Caio, lembrou que a mãe estava bem preocupada com o desenvolvimento do menino, principalmente com relação ao rendimento escolar. “Ele já estava bem atrasado com relação à turma e hoje ele vem nos surpreendendo, porque desenvolveu habilidades sociais e aprendeu a lidar com as frustrações”, comentou.
A mãe do garoto Bernardo, de 9 anos, Maria Bernadete Bastos, disse que ele tinha dificuldades de aprendizagem e concentração, mas com o tratamento o filho já apresenta melhorias no comportamento. “O Bernardo já sabe ler e escrever e antes ele tinha dificuldade. Eu falo: ‘Bernardo, agora é hora de estudar’, ele senta e vai estudar. Se meu filho receber alta hoje eu vou lutar por este projeto para outras crianças”, afirmou Maria Bernadete.
De acordo com o coordenador da Pediatria do Hospital do Retiro, o pediatra Amaro Inácio Filho, a iniciativa surgiu de uma demanda reprimida na rede pública para este perfil de paciente, que necessita de um acompanhamento especializado.
“O objetivo do tratamento é assegurar autonomia do paciente para lidar com o transtorno ao longo de sua vida e, assim, garantir sua dignidade, sem privações nas suas bases emocionais, sociais e culturais. O trabalho foi iniciado em janeiro de 2022 pelos três neurologistas pediátricos do ambulatório do Hospital Municipal Dr. Munir Rafful, e mais de 500 crianças já foram inseridas e seguem sendo acompanhadas por uma equipe multiprofissional. No projeto, os pacientes têm um plano terapêutico personalizado e os familiares também passam por entrevistas e acompanhamentos.”
O garoto Caio de Oliveira, de 8 anos, tem autismo e é atendido há um ano pelo projeto “Laço Azul”. A mãe Estela Camila está satisfeita com a evolução do filho e enumerou os avanços.
“Ele não ficava dentro de sala de aula, não ficava com outras crianças. Depois que ele começou com este trabalho, achei que deslanchou. Uma mudança que o Caio estava precisando. Agora ele sabe ler, escrever e até toca teclado”, revelou.
A psicopedagoga Monique da Silva, que acompanha Caio, lembrou que a mãe estava bem preocupada com o desenvolvimento do menino, principalmente com relação ao rendimento escolar. “Ele já estava bem atrasado com relação à turma e hoje ele vem nos surpreendendo, porque desenvolveu habilidades sociais e aprendeu a lidar com as frustrações”, comentou.
A mãe do garoto Bernardo, de 9 anos, Maria Bernadete Bastos, disse que ele tinha dificuldades de aprendizagem e concentração, mas com o tratamento o filho já apresenta melhorias no comportamento. “O Bernardo já sabe ler e escrever e antes ele tinha dificuldade. Eu falo: ‘Bernardo, agora é hora de estudar’, ele senta e vai estudar. Se meu filho receber alta hoje eu vou lutar por este projeto para outras crianças”, afirmou Maria Bernadete.
Menos medicamentos e mais aprendizagem
A neuropediatra Clarisse Fortes citou que a partir do projeto, registrou-se que os pacientes têm menor necessidade de medicações, melhorando os resultados na vida escolar e social, e até recebido alta da terapia mais rapidamente.
“Isso para nós é o maior presente que podemos ganhar no nosso dia a dia, porque a gente trabalha para isso. A sensação é que estamos progredindo com as nossas crianças”, disse a médica.
O neuropediatra Bruno Inácio corroborou a avalliação de Clarisse e destacou a importância do projeto. “Antes as crianças vinham, faziam tratamento comigo por três meses, retornavam, mas não havia muito ganho, porque realmente é preciso de um acompanhamento multidisciplinar. A partir do ‘Laço Azul’, minimizamos o uso de medicação; algumas crianças vivem sem nenhum tipo de remédio por conta da terapia. Então o resultado é muito positivo”, avaliou.
A diretora do Hospital do Retiro, Márcia Cury, disse que tem recebido reações positivas sobre o projeto. “Recebo diversas mães que chegam a chorar, agradecendo muito, porque não tem nada mais gratificante do que você acompanhar o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida dessas crianças. Isto não tem preço”, disse, informando que o projeto está sendo expandido e chegará à toda a rede de saúde do município.
“Isso para nós é o maior presente que podemos ganhar no nosso dia a dia, porque a gente trabalha para isso. A sensação é que estamos progredindo com as nossas crianças”, disse a médica.
O neuropediatra Bruno Inácio corroborou a avalliação de Clarisse e destacou a importância do projeto. “Antes as crianças vinham, faziam tratamento comigo por três meses, retornavam, mas não havia muito ganho, porque realmente é preciso de um acompanhamento multidisciplinar. A partir do ‘Laço Azul’, minimizamos o uso de medicação; algumas crianças vivem sem nenhum tipo de remédio por conta da terapia. Então o resultado é muito positivo”, avaliou.
A diretora do Hospital do Retiro, Márcia Cury, disse que tem recebido reações positivas sobre o projeto. “Recebo diversas mães que chegam a chorar, agradecendo muito, porque não tem nada mais gratificante do que você acompanhar o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida dessas crianças. Isto não tem preço”, disse, informando que o projeto está sendo expandido e chegará à toda a rede de saúde do município.
Serviço
Para acessar o projeto “Laço Azul” o usuário deverá ser encaminhado exclusivamente por uma Unidade Básica de Saúde. Volta Redonda conta com 46 locais deste tipo, entre UBSs e UBSFs (Unidades Básicas de Saúde da Família).
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