Publicado 05/05/2023 15:37
Volta Redonda - O tratamento à base de óleo de canabidiol segue avançando em Volta Redonda. Nesta semana mais pacientes receberam o medicamento, através do SUS (Sistema Único de Saúde), e agora já são 41 pessoas beneficiadas. O óleo tem sido entregue a pacientes que sofrem de epilepsia refratária, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Mal de Parkinson e Mal de Alzheimer, acompanhados nos serviços especializados na rede pública: Policlínica da Melhor Idade, Policlínica da Cidadania (Neurologia) ou Follow-Up e Centro Especializado de Reabilitação (CER III). A prioridade é para aqueles que não respondem aos tratamentos convencionais e que tenham prescrição médica.
Richard Gabriel, de 13 anos, sofre de autismo e epilepsia em virtude de uma paralisia cerebral parcial e microcefalia. Ele recebeu o medicamento à base de canabidiol nesta semana e a mãe, Gilceia de Paula, pôde tirar todas as dúvidas sobre o uso com o médico neurologista Edilberto Fernandes de Miranda, na Policlínica da Cidadania.
Gilceia contou que aguardava pela medicação desde 2019 e ressaltou que o sentimento hoje é de alegria total, já que a condição do filho exige cuidados especiais e que o óleo de cannabis medicinal deixa o menino mais calmo.
“Só de ver ele ficar mais calmo é uma alegria e tranquilidade para mim. Já estava quase desistindo, mas graças a Deus chegou. Quando era menor, ele fez uso de um medicamento à base de cannabis, mas era pouco. Ele fica muito mais agressivo sem o remédio. Se acabar, acabou a minha paz, porque ele agride a todo mundo, até no colégio”, revelou Gilceia.
Quem está prestes a receber o canabidiol é o jovem Kelvin Luiz, de 14 anos. Ele sofre de autismo e também recebeu prescrição médica para o tratamento. O pai, o guarda municipal Luiz Carlos do Amparo, se emocionou ao receber a prescrição médica.
“Queria parabenizar a administração municipal pelo ganho. É de real necessidade a quem é portador do autismo. Parabenizar à administração do prefeito Neto, ao doutor Edilberto, porque para o Kelvin é um medicamento de grande relevância. Não só para o Kelvin, mas para todos os autistas. Para a gente que é pai, sabemos como é a luta, então é emocionante falar sobre”, disse Luiz Carlos, visivelmente emocionado.
Richard Gabriel, de 13 anos, sofre de autismo e epilepsia em virtude de uma paralisia cerebral parcial e microcefalia. Ele recebeu o medicamento à base de canabidiol nesta semana e a mãe, Gilceia de Paula, pôde tirar todas as dúvidas sobre o uso com o médico neurologista Edilberto Fernandes de Miranda, na Policlínica da Cidadania.
Gilceia contou que aguardava pela medicação desde 2019 e ressaltou que o sentimento hoje é de alegria total, já que a condição do filho exige cuidados especiais e que o óleo de cannabis medicinal deixa o menino mais calmo.
“Só de ver ele ficar mais calmo é uma alegria e tranquilidade para mim. Já estava quase desistindo, mas graças a Deus chegou. Quando era menor, ele fez uso de um medicamento à base de cannabis, mas era pouco. Ele fica muito mais agressivo sem o remédio. Se acabar, acabou a minha paz, porque ele agride a todo mundo, até no colégio”, revelou Gilceia.
Quem está prestes a receber o canabidiol é o jovem Kelvin Luiz, de 14 anos. Ele sofre de autismo e também recebeu prescrição médica para o tratamento. O pai, o guarda municipal Luiz Carlos do Amparo, se emocionou ao receber a prescrição médica.
“Queria parabenizar a administração municipal pelo ganho. É de real necessidade a quem é portador do autismo. Parabenizar à administração do prefeito Neto, ao doutor Edilberto, porque para o Kelvin é um medicamento de grande relevância. Não só para o Kelvin, mas para todos os autistas. Para a gente que é pai, sabemos como é a luta, então é emocionante falar sobre”, disse Luiz Carlos, visivelmente emocionado.
Maior qualidade de vida X preconceito
O médico neurologista Edilberto destacou os benefícios e explicou o porquê acredita que o uso da cannabis medicinal ajuda na conquista da qualidade de vida de seus pacientes e familiares.
“A gente sabe que o efeito colateral do óleo canabidiol é mínimo. Estão se estudando muito sobre ele e é a bola da vez hoje para várias patologias. Eu acredito no óleo canabidiol e vemos isto baseado em evidências. Os pacientes melhoram significativamente. Tanto com relação à dor quanto à parte comportamental. É qualidade de vida, menos medicação”, enumerou o médico.
Sobre o preconceito de algumas pessoas com o uso do óleo canabidiol, Edilberto explicou que o produto que provoca alucinações na droga quando fumada, por exemplo, é retirado e que sua utilização é totalmente com cunho terapêutico.
“Já há estudos desde o antigo Egito sobre o uso do canabidiol para tratar a ansiedade e pacientes com quadro depressivo. A maconha é ilegal e o uso dela a longo prazo pode levar a casos de depressão e esquizofrenia, quando o usuário está sem o uso da droga. Mas o óleo de canabidiol é completamente diferente. O produto que provoca esta alucinação é extraído. É um preconceito. Estamos vencendo esta barreira. Existem outros colegas (médicos) que não prescrevem ainda, a gente respeita, mas acho que daqui a um tempo isso vai mudar. A gente vê resultados muitos positivos”, garantiu.
“A gente sabe que o efeito colateral do óleo canabidiol é mínimo. Estão se estudando muito sobre ele e é a bola da vez hoje para várias patologias. Eu acredito no óleo canabidiol e vemos isto baseado em evidências. Os pacientes melhoram significativamente. Tanto com relação à dor quanto à parte comportamental. É qualidade de vida, menos medicação”, enumerou o médico.
Sobre o preconceito de algumas pessoas com o uso do óleo canabidiol, Edilberto explicou que o produto que provoca alucinações na droga quando fumada, por exemplo, é retirado e que sua utilização é totalmente com cunho terapêutico.
“Já há estudos desde o antigo Egito sobre o uso do canabidiol para tratar a ansiedade e pacientes com quadro depressivo. A maconha é ilegal e o uso dela a longo prazo pode levar a casos de depressão e esquizofrenia, quando o usuário está sem o uso da droga. Mas o óleo de canabidiol é completamente diferente. O produto que provoca esta alucinação é extraído. É um preconceito. Estamos vencendo esta barreira. Existem outros colegas (médicos) que não prescrevem ainda, a gente respeita, mas acho que daqui a um tempo isso vai mudar. A gente vê resultados muitos positivos”, garantiu.
Cadastro de pacientes
Quem se encaixa neste perfil – Transtorno do Espectro Autista (TEA), Mal de Parkinson e Mal de Alzheimer – e é acompanhado pela rede pública, possui prescrição médica ou tem interesse, pode procurar atendimento na Comissão de Farmácia e Saúde, na Policlínica da Cidadania – localizada no segundo andar do estádio Raulino de Oliveira, no bairro Jardim Paraíba. O setor funciona às terças, quartas e quintas-feiras, das 13h às 17h. O local conta com uma assistente social e uma farmacêutica para poder atender a essas pessoas e cadastrá-las.
“Desde que assumimos a secretaria de Saúde, temos trabalhado para modernizar, equipar, melhorar o atendimento em todos os níveis, e a busca por tratamentos que dão resultado positivo para os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) faz parte das ações que estamos implantando. Nossa prioridade é cuidar de todos, da melhor forma possível, oferecendo uma saúde pública eficiente e acolhedora”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Maria da Conceição de Souza Rocha.
“Desde que assumimos a secretaria de Saúde, temos trabalhado para modernizar, equipar, melhorar o atendimento em todos os níveis, e a busca por tratamentos que dão resultado positivo para os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) faz parte das ações que estamos implantando. Nossa prioridade é cuidar de todos, da melhor forma possível, oferecendo uma saúde pública eficiente e acolhedora”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Maria da Conceição de Souza Rocha.
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