Trabalho da artesã volta-redondense Márcia Pires, que faz parte do Projeto Arigó, participou da Fia LisboaDivulgação/Secom PMVR
Publicado 03/07/2023 10:46 | Atualizado 03/07/2023 10:51
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Volta Redonda - O trabalho da artesã volta-redondense Márcia Pires, que faz parte do Projeto Arigó, teve o seu trabalho exposto na Fia Lisboa – maior feira internacional de artesanato da Península Ibérica e a segunda maior da Europa, que acontece em Portugal, na capital Lisboa. A “Coleção Xícaras Arigó – Identidade Cultural de VR” levou ao evento a marca do Projeto Arigó, que consiste na produção de peças que tenham como tema a identidade cultural, aspectos paisagísticos e históricos e que buscam inspiração no simbolismo da ave migratória que denomina o trabalhador na fundação da siderúrgica - o Arigó.
“Outra porta está se abrindo para mostrar nossa identidade cultural. Tenho muito orgulho de representar nossa cidade através do nosso símbolo, o Arigó, nas terras lusitanas. Com isso, represento todas as artesãs que trabalham com tanto carinho e esmero em cada peça”, contou Márcia Pires, que também participou da Fia Lisboa com a obra “Nossa Senhora de Fátima”.
Márcia conta também que começou fazendo artesanato em casa, para presentear parentes e amigos, e, conforme o trabalho foi se desenvolvendo e as pessoas admirando, ela buscou aperfeiçoar suas técnicas. E quando começou a comercializar as peças produzidas, resolveu entrar no Programa de Artesanato Municipal de Volta Redonda, pelo qual ela iniciou sua participação nas tradicionais feiras do município.
“E entrei no projeto Arigó, porque buscava retratar a identidade cultural do município. Muitas portas se abriram desde que comecei a participar das feiras da cidade”, disse a artesã, lembrando que, com o apoio da Prefeitura de Volta Redonda, o artesanato e a identidade da cidade chegaram a grandes eventos, como a Expo Turismo, a Rio Empreendedores, a Feira Nacional do artesanato em Belo Horizonte (MG), entre outros.
A diretora de Turismo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET), Débora Cândido, parabenizou a artesã e comentou que recentemente o projeto tem obtido um importante destaque: lançamento da marca Arigó em parceria com o UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda), no Shopping Park Sul, que foi uma grande oportunidade de exposição; participação no Liquida VR, feira com a participação de mais de 120 mil pessoas que puderam conferir o projeto; além da Jornada de Turismo Fluminense – evento realizado pela Setur (Secretaria de Estado de Turismo) no Sesc Barra Mansa.
“A partir do trabalho de outra artesã, a Roseli Linhares, o projeto também recebeu um convite para participar do Festival de Cinema em Vassouras, e agora essa abertura para o mercado exterior na participação de feiras. Já tivemos outros artesãos que receberam encomendas para outros países e agora com a feira teremos mais visibilidade”, acrescentou Débora.
Os arigós
A palavra Arigó refere-se aos trabalhadores da siderurgia. Em Volta Redonda, com o passar dos anos, o termo ganhou contornos mais lúdicos. O nome Arigó passou a ser relacionado com as aves de arribação, que são pássaros que migram para outros territórios em busca de sobrevivência. Desta forma, artistas e artesãos fazem uma relação direta do pássaro com os trabalhadores que vieram para a construção da CSN, na década de 40, e participaram da construção de Volta Redonda.
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