Desde o retorno, programa tem atendido cerca de 20 pessoas - a maioria idosas - todas as quintas-feiras, das 9h às 10hCris Oliveira/Secom PMVR
Publicado 15/12/2023 19:31
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Volta Redonda - Entregue pela Prefeitura de Volta Redonda em março de 2023 totalmente reformada e revitalizada, a Academia da Saúde Darcilei Monteiro de Oliveira – Professor Darcilei, localizada no bairro Volta Grande, encerra o ano com a retomada, desde outubro, do programa Grupo da Memória, que trabalha por meio de diversas atividades o foco, a concentração e a memória. Desde o seu retorno, ele tem atendido a cerca de 20 pessoas (a maioria idosas) todas as quintas-feiras, das 9h às 10h. A iniciativa entrou em recesso no último dia 7 e retorna em janeiro.
Segundo a enfermeira de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics), Iara Mediato, o Grupo da Memória é indicado para adultos e idosos que estão com algum problema de esquecimento. “São casos em que a pessoa está esquecendo a chave, onde que coloca as coisas, chega num local e pergunta ‘mas o que eu vim fazer aqui mesmo?’”, exemplifica. “Os profissionais que desenvolvem atividades na unidade começaram a perceber que as pessoas estavam muito desatentas, sem foco e concentração, com a memória fraca, e ao mesmo tempo alguns usuários também pediram que voltasse o grupo.”
As reuniões para a retomada do Grupo da Memória tiveram início em setembro, e já em meados de outubro a iniciativa voltou a ser oferecida na Academia da Saúde. “A gente busca trabalhar os três os três tipos de memória: sensorial, de curto e longo prazos.”
A médica Elisângela Lira Bonifácio, que também trabalha na unidade do Volta Grande, confirma que foram observadas muitas queixas em relação a esquecimentos, principalmente depois da pandemia de Covid.
“Reativamos o Grupo da Memória para que possamos dar condições melhores a esses idosos de trabalharem, ou melhor, exercitarem a memória. A gente precisa fazer com que eles entendam que jogar um jogo, conversar, fazer palavras cruzadas, ajuda a memória, e nada melhor do que trabalhar em grupo. É a hora em que um ajuda o outro e a gente consegue observar uma eventual deficiência mais acentuada em alguém, e assim vamos ensinando coisas para que eles façam no dia a dia, como jogar damas, dominó, em casa, trabalhando a parte cognitiva.”
Em vários grupos
O agente de saúde Artur Kimura destaca que não basta realizar as atividades apenas durante o Grupo da Memória. “É um estímulo que tem que ser feito todo dia, sempre, não adianta fazer um pouco e parar, tem que exercitar o músculo”, pontua, acrescentando os outros benefícios das atividades oferecidas no local. “Muitos deles são idosos e aposentados, às vezes ficam sozinhos em casa; aqui é o momento de socializarem, brincarem e se conhecerem, fazendo novas amizades, novos vínculos, participarem de outras atividades. A gente sempre os incentiva a fazer outras atividades na academia, isso é muito importante.”
Uma das moradoras que frequentam a Academia da Saúda praticamente todos os dias é Regina Nascimento da Silva, de 64 anos. “Faço tudo que for ligado à saúde, incluindo a auriculoterapia, tudo que for para a saúde. Quem mora no bairro e não vem está perdendo, porque a porta está aberta pra todo mundo. Os professores, enfermeiros, atendentes, são uma benção, temos que agradecer a cada um o carinho com que eles ajudam a gente, assim como o prefeito (Antonio Francisco Neto). Isso aqui não pode acabar”, afirma.
Regina acrescenta que o marido, Celso Eduardo Fernandes da Silva, de 69 anos, participa de várias atividades, incluindo o Grupo da Memória. “Graças a Deus está bem melhor, porque ele tinha depressão, sofreu uma isquemia, mas aqui todo mundo anima a ele, incentiva a vir, ele participa de outros grupos também.”
Marisa Sacramento Citelli, de 71 anos, participa do Grupo da Memória e também dos exercícios de caminhada orientada, alongamento e do grupo de plantas medicinais, entre outros. “Comecei quando a Academia voltou e foi ótimo pra mim. Eu estava ‘enferrujando’ toda, pensei que não ia nem andar mais, parecia que estava tudo travando. Aí eu comecei fazer as atividades físicas, graças a Deus tem sido muito bom”, elogia, tanto que sempre está convidando outros moradores a participarem.
Estrutura
A Academia da Saúde do Volta Grande está localizada na Rua 1.025, nº 176, e funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, com uma série de outras atividades. Entre elas estão, além do Grupo da Memória, a caminhada orientada; sessões de alongamento e yoga; pilates para as gestantes; o Grupo de Coluna; terapia comunitária e integrativa; grupo de plantas medicinais; treinamento funcional; auriculoterapia; o Grupo Terapêutico da Mulher; dança e expressão corporal; psicóloga infantil; Grupo de Nutrição Hiperdia; Amigos do Peso; o Grupo de Florais; e o Grupo de Adolescentes. Para obters informações sobre os horários, os interessados podem ir até o local ou ligar para o número (24) 992527564, da UBSF Volta Grande.
Para 2024, Iara Mediato adianta que será iniciado o Grupo de Fibromialgia, doença reumatológica que afeta a musculatura, causando dores.
A unidade estava fechada desde 2020 e foi reaberta em março após sete meses de grandes reformas e um investimento de mais de R$ 220 mil, voltando a ser um espaço mobilizador de promoção da saúde e produção do cuidado por meio de ação comunitária e multissetorial, desenvolvendo várias práticas de atenção primária à saúde.
Entre as melhorias estão a impermeabilização das paredes; a troca dos vidros das janelas; implantação de nova instalação elétrica; nova instalação para climatização; novo forro em gesso acartonado; novas esquadrias em alumínio; novas louças e metais para os sanitários e copa; nova pintura e instalação de pastilhas para área interna; cobertura em sombrite (tela); e pisos cerâmicos. Na parte externa, foi instalada grama sintética.
A enfermeira Jaqueline Cristina de Souza Batista, coordenadora do distrito do qual a academia faz parte, disse que a participação nos grupos só tem aumentado. “Quando a gente reinaugurou, em março, a média era de 200 pessoas por semana participando das atividades, e agora já quase dobrou esse quantitativo. Os idosos têm procurado a cada dia estar mais ativos, principalmente na parte física e da memória.”
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