Publicado 02/02/2024 15:04
Volta Redonda - Em meio à folia do Carnaval, a saúde não pode ficar em segundo plano. Os cuidados para evitar infecções sexualmente transmissíveis como HIV/Aids, hepatites e sífilis devem ser redobrados, como, por exemplo, como o uso do preservativo. E a Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do Centro de Doenças Infecciosas Doutor Luiz Gonzaga de Souza Clímaco (CDI), irá distribuir preservativos e material informativo a partir deste final de semana.
Durante a abordagem, a equipe do CDI vai orientar os foliões sobre as formas de prevenção e contágio e entregar preservativos e folhetos informativos. As ações de prevenção e conscientização terão início neste sábado 3, na Ilha São João, durante o desfile do bloco carnavalesco “Tô no Brilho”.
Segundo a coordenadora do CDI, Rejane Maria de Queiroz e Silva, as ações têm como objetivo conscientizar o cidadão sobre a prevenção e controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) durante os festejos na cidade.
“É importante a nossa participação neste evento por ser um movimento que ajuda a promover a diversidade e o respeito pela diferença, valores que são fundamentais para uma sociedade justa e equitativa. Vamos conscientizar o público sobre a importância do sexo seguro para prevenção do HIV e das outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, como sífilis e hepatite B, além de esclarecer dúvidas”, explicou a coordenadora.
HIV
O HIV, vírus da síndrome da imunodeficiência humana adquirida, foi identificado como causador da síndrome da imunodeficiência adquirida, ou aids, em meados dos anos 1980. Desde então, a epidemia do HIV se espalhou por todo o mundo, afetando milhões de pessoas e mudando a forma como a sociedade vê a sexualidade e a saúde.
Nos primeiros anos da epidemia, o HIV era frequentemente associado a grupos marginalizados, como homossexuais e usuários de drogas intravenosas. No entanto, logo ficou claro que o HIV poderia afetar qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual ou origem étnica. Ao longo das décadas seguintes, a comunidade internacional trabalhou para aumentar a conscientização sobre o HIV, desenvolver tratamentos mais eficazes e acabar com o estigma associado à doença.
No Brasil, a epidemia do HIV começou no início dos anos 80, mas a primeira morte relacionada à aids só foi relatada em 1983. Nos anos seguintes, o país teve um aumento significativo no número de casos de HIV e de mortes relacionadas ao vírus. A epidemia atingiu especialmente os grupos de maior risco, como homens homossexuais (HSH – homens que fazem sexo com outros homens), usuários de drogas e trabalhadores do sexo.
No entanto, desde o início da epidemia, o Brasil se tornou um líder global em políticas de saúde pública relacionadas ao HIV. Em 1996, o país introduziu o tratamento antirretroviral gratuito para todos os pacientes que precisavam, independente da sua capacidade de pagar. Isso ajudou a reduzir significativamente as mortes relacionadas à aids e a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Prevenção e cuidado em Volta Redonda
O programa de HIV/aids de Volta Redonda funciona no Centro de Doenças Infecciosas (CDI), unidade de média complexidade da SMS e referência do município. Ele conta com Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), farmácia, laboratório e serviço de assistência com uma equipe multidisciplinar, formada por enfermeiras, técnicas de enfermagem, psicólogos, farmacêutica, nutricionista, fisioterapeuta e médicos clínicos e especialistas para atendimento aos usuários.
O acesso ao serviço se dá pelo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e através de agendamento pela atenção básica, média e alta complexidade, além de serviços da rede privada.
O tratamento de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) das pessoas que vivem com HIV é realizado nesse serviço, e as aqueles que não vivem com HIV são tratados nas unidades de saúde da atenção básica – exceto os casos em que há lesões, que são atendidos pelo CDI.
Todos os pacientes em tratamento, público ou privado, para HIV que recebem a dispensação de Tarv (terapia antirretroviral) na farmácia do CDI devem estar cadastrados no livro de inclusão do programa e ter prontuário na unidade.
Outras informações podem ser obtidas na sede do CDI, que fica na Rua Dionéia Andrade Faria, nº 329, no bairro Aterrado, ou pelos telefones 33399460, 33392056 e 33392061.
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