Publicado 25/08/2024 10:56
Volta Redonda - Uma parceria firmada entre a Prefeitura de Volta Redonda e a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) resultou na contratação, pela empresa, de mais 100 profissionais formadas pelo projeto “Mulheres Mãos à Obra”, da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH). A CSN também ofertou 100 vagas do programa “Capacitar” para outras mulheres oriundas do projeto da prefeitura, que devem começar a atuar na Usina Presidente Vargas (UPV) em setembro.
PublicidadeAs novas colaboradoras vão atuar em diversas áreas da Usina Presidente Vargas, incluindo elétrica, mecânica, manutenção, operação de máquinas e inspeção de qualidade. Já o programa “Capacitar”, que é uma das estratégias da empresa para aumentar a participação das mulheres no sistema de produção, tem como objetivo dar oportunidade de emprego para as mulheres enquanto se qualificam, com direito a salário e benefícios.
Flávia Laís Silveira de Oliveira, de 25 anos, é moradora do bairro Água Limpa e uma das mulheres contratadas após a qualificação pelo “Mulheres Mãos à Obra”. Ela, que atuava como atendente de frios em um supermercado, agora ocupa uma vaga de Mecânico II na CSN.
“É impressionante como com oportunidade e incentivo podemos mudar de vida. Fui incentivada pelo meu cunhado a procurar o ‘Mulheres Mãos à Obra’. Ele é soldador, então optei pelo Curso Básico de Solda. Me formei no início do mês e já estou ingressando na nova carreira, numa grande empresa. Gostei muito do curso oferecido pela prefeitura e, como o trabalho na usina é muito diferente do que eu estava acostumada, sinto um misto de sensações: muito animada e com um pouquinho de medo. Acabei de passar por um treinamento, e vou me dedicar ao máximo para aproveitar essa oportunidade de melhorar de vida”, falou Flávia.
Outra profissional qualificada pelo projeto da prefeitura a conquistar uma vaga na CSN foi Sandy Ketlin Souza Rosa, de 22 anos, moradora do bairro Coqueiros. Ela concluiu dois cursos do “Mulheres Mãos à Obra” em 2023: Pedreiro de Alvenaria Predial e Bombeiro Hidráulico.
“Se não fosse o curso gratuito ofertado pela prefeitura, eu não teria dado essa virada na carreira profissional. Até então atuava como auxiliar de cozinha, e também fui recepcionista. Hoje estou no período de integração para assumir a função de Auxiliar de Produção da CSN. Estou ansiosa e animada para, de fato, começar a trabalhar”, disse Sandy, reforçando que o “Mulheres Mãos à Obra” pode dar uma extensa gama de oportunidades para quem se dedica. “É importante que a prefeitura continue oferecendo os cursos, que podem beneficiar cada vez mais mulheres”, concluiu.
Ana Paula Gonçalves, gerente de Gente e Gestão da CSN, destacou a importância da parceria com a prefeitura. “Esse projeto é uma grande oportunidade para qualificar e incluir mulheres em áreas que antes eram dominadas por homens. Na CSN, acreditamos no potencial delas e estamos comprometidos em oferecer um ambiente onde possam crescer e se destacar profissionalmente”, afirmou.
A secretária municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos, Glória Amorim, agradeceu a parceria e reforçou a importância do projeto para as mulheres da cidade, citando ainda que a parceria para contratação estimula a participação na qualificação gratuita.
“Antes, o ramo da Construção Civil e a Indústria era um ambiente somente de homens, e estamos mostrando a nossa capacidade. E tenho certeza de que essa parceria com a CSN vai beneficiar ainda mais as alunas e futuras profissionais da Construção Civil”, afirmou Glória Amorim.
‘Mulheres Mãos à Obra’ capacitou 500 mulheres desde 2021
O “Mulheres Mãos à Obra”, iniciativa inovadora no estado do Rio de Janeiro, já capacitou 500 mulheres desde a retomada do projeto, em junho de 2021. Idealizado pela SMDH, a iniciativa conta com as parcerias da Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda), Secretaria Municipal de Assistência Social (Smas), Gegov (Gabinete de Estratégia Governamental) e Fundação Beatriz Gama (FBG).
Podem participar mulheres maiores de 18 anos e moradoras de Volta Redonda. O “Mulheres Mãos à Obra” disponibiliza vale-transporte, lanche, cadernos, uniforme e o material usado nas aulas práticas, assim como ferramentas e Equipamento de Proteção Individual (EPI). Ao final do curso, elas são certificadas e estão prontas para buscar o mercado de trabalho.
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