Captação foi realizada por equipes do RJ Transplantes e do Banco do Olhos de Volta RedondaDivulgação/Secom PMVR
Publicado 10/10/2024 15:45
Volta Redonda - Mais uma família autorizou a doação de órgãos e tecidos de um paciente que teve sua morte encefálica confirmada, após dias internado no Hospital São João Batista (HSJB). O doador é um homem de 38 anos e a captação foi realizada pelas equipes de cirurgiões do RJ Transplantes e do Banco do Olhos de Volta Redonda, na tarde desta quinta-feira (10), no HSJB.
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Durante a cirurgia foram captados dois rins e as córneas, que irão beneficiar imediatamente seis pacientes que estão na fila única de espera em todo o estado. Dois receberão os rins, dois as córneas e outros dois as escleras (tecido fibroso externo que recobre o globo ocular).
Segundo a enfermeira da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital São João Batista, Daniela da Silva, a generosidade de muitas famílias, logo após a perda de um ente querido, faz a total diferença na vida de muitas pessoas que aguardam pelo transplante.
“Após o trabalho da equipe multidisciplinar do hospital, da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes e apoio da organização de procura de órgãos, os familiares tiveram esse ato de generosidade e amor ao próximo, mesmo neste momento tão doloroso de perda. A morte é difícil para todos, mas ela também pode ser a chance de uma nova vida para as pessoas que estão aguardando por um órgão para continuarem a viver”, destacou a enfermeira.
Para fazer a abordagem com aqueles que acabaram de perder um ente querido, requer treinamentos constantes e atualizações sobre o tema, segundo a enfermeira. Ela informou ainda que esses treinamentos, cursos e palestras para profissionais da área de saúde e comunidade também são realizados na própria unidade de saúde.
Incentivo à doação
O incentivo à doação de órgãos e tecidos na unidade em Volta Redonda é de responsabilidade da CIHDOTT (Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes), que atua com uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeira, psicólogos e assistentes sociais. Um único doador pode ajudar até oito pessoas na fila de espera por um transplante.
O Hospital São João Batista ainda é sede do Banco de Tecido Ocular, que atende 34 municípios da região e, nesse caso, cada doador pode beneficiar até quatro pessoas. E em 2025 o Hospital São João Batista vai ganhar um centro transplantador de córneas.
Como acontece o trabalho da CIHDOTT
Para a realização do trabalho que viabiliza a captação de órgãos e tecidos é preciso seguir um protocolo que consiste em três etapas. A primeira é identificar o paciente com uma possível morte encefálica; a segunda é a realização de exames clínico e complementar para a confirmação da morte encefálica; e, por último, a equipe da CIHDOTT realiza a entrevista, conscientizando as famílias em relação à doação de órgãos e tecidos.
“Independentemente do ‘sim’ da família, todos os pacientes com critérios clínicos sugestivos para morte encefálica têm o seu protocolo aberto e, quando finalizado, tem seu diagnóstico confirmado”, complementou Daniela da Silva.
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