Evento na sede da SMDH reuniu pessoas envolvidas no atendimento da rede de serviços de proteçãoFoto: Geraldo Gonçalves - Secom/PMVR
Publicado 18/11/2025 14:28
Volta Redonda - A Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH) de Volta Redonda realizou nesta terça-feira, dia 18, no auditório da secretaria, no bairro Nossa Senhora das Graças, o “Fórum da Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência”. O evento foi aberto à participação das pessoas envolvidas no atendimento da rede de serviços e proteção.
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A secretária municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos, Glória Amorim, fez a abertura do evento destacando a existência de uma rede completa para proteger os direitos das mulheres e empondera-las com cursos e capacitação profissional. E defendeu a necessidade de uma política transversal no município.
“Este fórum é uma necessidade de avaliar o fluxo de atendimento às mulheres em situação de violência. Volta Redonda precisa construir no dia a dia uma política transversal, onde cada secretaria, hospital, ou órgão público saiba como encaminhar essas mulheres para este acolhimento e atendimento. A política transversal é uma abordagem que busca integrar diferentes áreas do poder público e da sociedade civil organizada em questões complexas como a violência contra as mulheres, a pobreza, a saúde mental, entre outras. O objetivo é a integração das ações, estabelecer parcerias e colaboração entre os parceiros da rede, compartilhamento de responsabilidades visando medidas mais eficazes e eficientes para problemas complexos”, enfatizou.
Dentre os assuntos abordados durante o fórum estavam o planejamento de ações integradas entre os equipamentos da rede; organização de ações conjuntas para campanhas e datas importantes; mapeamento de locais vulneráveis do município; discussão e encaminhamento das propostas da última reunião.
Jussara Moreira, área técnica de Saúde da Criança e Adolescente, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), comentou que o fórum favorece a claridade de entendimento por diversas áreas, porque permite essa transversalidade no cuidar, cada qual contribuindo dentro da sua área de atuação.
“Nós, que trabalhamos na área de Saúde da Criança e Adolescente, temos que considerar todo o núcleo familiar, porque a mãe é um pilar que representa todo o cuidado. Desde o momento da gestão até o acompanhamento com a continuidade dos cuidados dos afins familiares. Então essas mães precisam de ser amparadas”, disse Jussara.
Edna Cândido Quintino, da Divisão de Saúde Mental da SMS, explicou que “na saúde mental essas mulheres quando chegam nas unidades, temos o entendimento que a rede de saúde funciona e trabalha melhor em parceria. O cuidado ofertado às vítimas em situação de violência será muito mais eficaz com este atendimento em rede, com o apoio. Possibilita novas chances de vida para a mulher fora do ciclo de violência”.
Maria Edileide, representante da Associação dos Usuários e Familiares dos Serviços de Saúde Mental (AUFASSAM/VR) considera importante o comparecimento de todos os parceiros da rede. “A presença de todas associações e órgãos da rede neste fórum mensal significa um aprendizado maior para todas nós, porque juntos temos a noção de como podemos buscar e fornecer ajuda para as mulheres que precisam deste acolhimento”, frisou.
Representando o presidente da FOA (Fundação Oswaldo Aranha), Eduardo Prado, o assessor da presidência, Alessandro Orofino de Araújo, participou do fórum e destacou que existem três aspectos de alta relevância que pôde presenciar.
“Primeiro, a sinergia, alinhamento e cuidado com situações de amparo à mulher, de várias organizações que se congregam com a mesma finalidade de apoiar a mulher nos aspectos sociais e de sua saúde física e mental. Segundo: a preocupação da prefeitura, através de seus agentes públicos, em relação ao tema, tornando Volta Redonda um exemplo local e nacional do amparo à mulher. E, por fim, o terceiro aspecto, não menos importante, a presença de atores, como a FOA, no fórum assinala, de forma inequívoca, a conexão que existe de nosso ecossistema de saúde e educação em causas tão relevantes para todos nós”, afirmou.
“A organização do fórum reafirma que a participação é essencial para consolidar um atendimento cada vez mais eficaz, humano e articulado na proteção das mulheres em situação de violência”, concluiu a secretária Glória Amorim.
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