Rio - Desde 2011, o projeto de remoção dos micos-leões-de-cara-dourada já capturou mais de 700 animais nos entornos dos parques estadual da Serra da Tiririca e municipal Darcy Ribeiro, em Niterói. Após exames e quarentena, os micos foram encaminhados para a Bahia, seu habitat natural, ou para zoológicos. A espécie compete com o mico-leão-dourado por alimento e território e pode comprometer a vida da espécie. “Ajudamos as duas espécies que correm risco de extinção”, explica a coordenadora Maria Cecilia Kierulff.
Realizado pelo Instituto Pri-Matas, em parceria com a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, o projeto conquistou recentemente o prêmio Contação de Histórias, da Primate Education Network. Foi o primeiro lugar na América Latina por usar educação ambiental para alertar moradores sobre riscos da invasão dos animais.

“A equipe de educação ambiental contava sobre como o mico foi solto no Rio, de onde veio e quais as consequências da interação com eles”, diz Maria Cecília. O projeto deve continuar até o fim deste ano, quando todas os micos forem recolhidos.
A ideia é usar o valor do prêmio para comprar novos materiais e reinvestir no projeto na Reserva União, em Rio das Ostras.
LIVRO DESTACA ESPÉCIES DE RESERVA
Mantida pela Prumo, empresa que controla o Porto do Açu, a Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN Fazenda Caruara, em São João da Barra, é a maior unidade de conservação privada de restinga do país e a única do Estado do Rio que protege este tipo de ecossistema. Em seus 40 km² de área, recebe ações de recomposição vegetal e monitoramento da fauna e flora local em um viveiro que emprega cerca de 40 pessoas, todas da região. A iniciativa acaba de ganhar um livro, ‘O Tempo e a Restinga’, que descreve e apresenta as espécies vegetais encontradas no local e destaca as ações de preservação ambiental realizadas.
BOAS AÇÕES EM DIA
A Prefeitura de SãoJoão de Meriti iniciou blitzen ambientais para coibir o transporte ilegal de entulho, lixo hospitalar e outros materiais nocivos ao meio ambiente.
A cooperativa Reciclar, de Campos dos Goytacazes, recebeu da Tetra Pak novos equipamentos com capacidade para processar até 150 toneladas por mês. Desde junho de 2015, a já foram 560 toneladas de materiais recicláveis.
Petrópolis acaba de ganhar manuais para prevenção de desastres de chuvas, produzidos em parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica).
(Colaboração da estagiária Rita Costa)