Rio - Ivete Sangalo está cada vez mais em evidência no cenário musical internacional. Prova disso é que a cantora fez nesta sexta-feira mais um show com plateia lotada nos Estados Unidos, dessa vez no Lynn Auditorium, em Massachusetts, e ainda ganhou a capa do Caderno de Artes do renomado jornal americano “The New York Times” deste sábado.
Na matéria, o repórter Larry Rohter entrevistou Sangalo e a encheu de elogios “No palco, ela é ousada, atrevida e barulhenta, que faz parte de uma linhagem que inclui Tina Turner, Janis Joplin e Bette Midler ”, comparou ele, que diz que a cantora é a genuína representante da atual música popular brasileira.
“Sua enorme popularidade ilustra a diferença entre a percepção externa da música brasileira e da realidade lá. Enquanto cantores e compositores como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Marisa Monte ganham aplausos no exterior, o cenário musical brasileiro é dominado por axé, baladas pop românticas e uma versão local de música country, chamada sertaneja”, completou ele.
Na conversa com Rohter, Sangalo ainda fez uma revelação curiosa: nunca sonhou em ser cantora. “Nunca me olhei no espelho e brinquei de ser uma estrela pop”, contou ela, que também falou de sua carreira internacional.
“É uma carta na manga deixar meu país e vir aqui por um ano para me dedicar a isso e aproveitar o que está aqui (nos Estados Unidos). Mas o que eu tenho lá, no Brasil, também é maravilhoso, mas diferente. O que não podemos fazer é parar de cantar”, concluiu.