Rio - “Espero voltar ao Brasil mais vezes e que na próxima visita ao país eu esteja falando português!”, brinca o cantor espanhol David Bisbal, 35 anos. Do alto dos mais de 5 milhões de discos vendidos em todo o mundo — e lançando o quinto álbum, ‘Tú y Yo’ —, ele passou por São Paulo, no HSBC Arena, para fazer o seu primeiro show no Brasil.
“Nem deu tempo de conhecer o Rio, infelizmente. Vou direto para o Chile e para a Argentina”, lamenta o cantor em bate-papo com O DIA, antes do show. Estreante no país, Bisbal conta ter vários fãs aqui. “Já queria vir por causa disso. Sempre tenho muitos brasileiros nas plateias no Chile, Argentina e Espanha”, diz.
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Na HSBC Arena, ele ainda cantou com dois artistas brasileiros: o estreante Sam Alves (em ‘Dígale’) e o veterano Carlinhos Brown (que dividiu com ele ‘Tantinho’ e ‘Llorale las Penas’ e, aniversariante do dia, até ganhou um pedaço de bolo no palco).
“Quando comecei, aos 18 anos, num grupo de covers na Andaluzia, eu cantava músicas de Alejandro Sanz, Juan Luis Guerra, Gloria Estefan. Também tocávamos músicas do Carlinhos Brown, que um colega de banda cantava. Isso tudo ajudou a definir o tipo de música que eu queria”, lembra Bisbal.
A participação de Sam Alves, lançado pelo programa da Globo, ‘The Voice Brasil’, não foi à toa — Bisbal também tornou-se conhecido em um reality show musical em seu país, o ‘Operación Triunfo’.
“Foi uma oportunidade para eu mostrar meu talento. Mas, uma vez que você realiza o sonho, tem que mantê-lo e trabalhar por ele”, conta o cantor, que ficou em segundo lugar na competição. “O Sam é um cara novo e um grande artista. Tem que trabalhar muito. Mas ele canta muito bem, em diferentes idiomas.”
O disco novo ainda tem outra artista brasileira — Sandy, que participa da faixa ‘Hombre de Tu Vida’. E é puxado pelo single ‘Diez Mil Maneras’. Quem conhecer Bisbal só agora vai achá-lo numa fase “de volta a um pop universal, que fiz em discos anteriores”, relata o cantor, que já passou por fases latinas (nos dois primeiros discos ‘Corazón Latino’, de 2002, e ‘Buleria’, de 2004) e tangenciou o rock e sons mais experimentais em álbuns posteriores.
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“Acabei fazendo mudanças no meu som esse tempo todo. Já fazia quatro anos que eu nem lançava uma música nova.”