Por karilayn.areias

Rio - Kelly Key festejará amanhã 32 anos. Mas a aparência jovial pouco mudou desde que a cantora virou mania nacional em 2002 com o sucesso de ‘Baba’. Desde então, Key vem tentanto em vão repetir esse êxito inicial. Só que, além de ser cantora de parcos recursos vocais, seu som banal fez com que a artista obtivesse mais projeção como apresentadora e como jurada de programas da TV Record. Panorama que deverá se manter inalterado com a edição de ‘No controle’, sexto álbum de estúdio da artista, lançado primeiramente em edição digital, mas já apresentado pela gravadora Deck em edição física em CD.

Kelly Key apela para fotos sensuais na promoção de seu (insosso) sexto álbum de estúdio%2C ‘No controle’Divulgação

No álbum, o primeiro da cantora desde 2008, Key faz o mesmo pop insosso de discos anteriores. ‘No controle’ carece de unidade. O início, com baladinhas de amor e saudade como ‘A nossa música’ e ‘Quarto 313’, soa fora de sintonia com a parte final do disco, na qual estão concentradas músicas cantadas em inglês. ‘Shaking’ (faixa já antiga), ‘Craving for the summer’ e ‘Turn around’ (com refrão em inglês, mas versos em português) jogam Kelly Key na pista já banalizada do pop ‘dance’. A batida eletrônica não empolga.

Além das baladas e das faixas moldadas para as pistas menos exigentes, ‘No controle’ apresenta músicas em que Key esboça flerte frágil com o kizomba, ritmo angolano. A conexão com a artista angolana Celma Ribas, exemplificada na faixa-título ‘Controle’, nada faz para alterar significativamente o som do álbum.

Arquitetado desde 2010, o CD demorou cinco anos para ser lançado. O que talvez explique a falta de unidade. O fato é que, mesmo com maior controle sobre sua carreira, Kelly Key nada mudou...

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