Rio - Mordida pela sétima colocação no Carnaval de 2014, a Beija-Flor entrou na Avenida com objetivo de resgatar sua alma africana, como exaltava um dos versos do samba. Ao fazer um passeio pela história da Guiné Equatorial, a escola fez uma apresentação praticamente sem erros e se coloca, desde já, na briga pelo campeonato.
Com fantasias e alegorias bastante luxuosas, a escola impressionou quem estava na Avenida, mérito da comissão de carnaval que concebeu seu melhor trabalho nos últimos anos. O único senão ficou por conta do desenvolvimento do enredo, prejudicado pela falta de leitura de alguns figurinos.
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Comandada por Marcelo Misailidis, a comissão de frente não utilizou tripé e apostou numa encenação minimalista, que montava uma árvore em frente aos jurados. O tempo da apresentação, no entanto, foi longo demais, o que comprometeu a evolução dos componentes no início do desfile.
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Um dos pontos altos da Beija-Flor foi a passagem do casal de mestre-sala e porta-bandeira Claudinho e Selminha Sorriso. Com uma belíssima fantasia, a dupla mostrou seu habitual entrosamento e desfilou com muita garra, disposta a recuperar os décimos perdidos no último Carnaval.
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O samba-enredo, considerado um dos melhores da safra, teve um ótimo desempenho e contribuiu para o bom desfile da escola. Neguinho da Beija-Flor, completando 40 desfiles, deu um show de alegria, sendo bastante aplaudido pelas arquibancadas.
Sem vencer desde 2011, a Beija-Flor mostrou que não se deixou abater pela polêmica gerada com a escolha do enredo - teria recebido R$ 10 milhões do governo ditatorial da Guiné - e realizou um desfile de alto nível, que certamente permitirá sonhar com as primeiras colocações.
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Fotos: AYRTON360, Andréa Simões e Eduardo Frick