Por tabata.uchoa

Rio - Casal gay na TV não é novidade. Mas casal que tem um filho por inseminação artificial, é. Em ‘Amor à Vida’, de Walcyr Carrasco, que estreia dia 20, os personagens de Thiago Fragoso (Niko) e Marcello Antony (Eron) vão optar por esse método. Amarylis (Danielle Winits) é quem vai gerar a criança.

Danielle Winits será barriga de aluguel em nova novelaDivulgação

“A intenção é discutir uma nova família”, explica Thiago, que já pensa em preparar o filho, Benjamin, 2 anos, para esse tipo de questionamento. “Ensino meu filho que todo mundo é igual. Esse entendimento da família moderna é um pouco mais complicado para a criança, mas em algum momento ele vai conhecer um amiguinho que tem dois pais ou duas mães. E, na hora que isso acontecer, a gente vai explicar e ele vai entender”, diz. Questionado sobre como reagiria, caso o menino dissesse que é gay, o ator ressalta: “Ninguém cria um filho para ele não ser homossexual”.

Beijo entre dois homens não vai ter, mas troca de carícias, certamente. “Não é nem beijo, vai ser a primeira lambida de saco da televisão”, brinca Antony. “É um casal, né, gente? Com certeza vai ter algo do tipo. A primeira cena é o Niko colocando o café para o Eron e se despedindo com um: ‘Tchau, amor!’. Acredito que vai ser um choque para muita gente”, pontua Marcello. “O Niko é mais carinhoso. Eu sou um cara assim também, então vai ser fácil para mim. Se em uma relação entre amigos, irmãos, vocês se tocam, por que com o marido não teria coisas mais carinhosas, até? Não vou fugir disso”, frisa Thiago, que está fazendo seu primeiro personagem gay: “Estava faltando um homossexual na minha carreira”.
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Outro tema polêmico que será discutido é a bissexualidade. Eron, que antes foi casado com uma mulher, no decorrer da trama se envolverá com Amarylis, abalando o relacionamento com Niko.
Entenda o caso juridicamente:
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Segundo Christiano Cassettari, advogado e professor de Direito Civil, há vários casais homossexuais que recorrem à fertilização in vitro para ter filhos. “A resolução 1.539/92 do Conselho Federal de Medicina permite a prática da gravidez de substituição, e não de barriga de aluguel, porque no Brasil não se cobra pela gestação em útero alheio, como nos Estados Unidos, onde a profissão é regulamentada. Essas pessoas pedem para a criança ser registrada em nome de dois homens ou duas mulheres e isso vem sendo concedido pelo judiciário”, explica Christiano.
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