Por tabata.uchoa

Rio - Foi Juca de Oliveira quem deu o empurrãozinho que Sérgio Guizé precisava para decolar em ‘Saramandaia’. “Tem que ser de verdade”, disse o intérprete do primeiro João Gibão para o novato. Aos 33 anos, Guizé tem seguido o conselho do veterano para viver o personagem alado no remake, seu primeiro papel importante na TV. No entanto, ele não esconde uma ponta de ansiedade com a exibição, nesta sexta-feira, de uma das cenas mais marcantes da trama: o voo de Gibão.

“Estou me preparando desde o início das gravações, espero que fique tão boa quanto a da primeira versão, pois vi a cena do Juca e fiquei emocionado. Mas posso garantir que vai ser diferente”, conta.

Sérgio Guizé voa alto com incentivo do primeiro GibãoDivulgação

Na novela de 1976, Juca foi suspenso por um guindaste para criar a ilusão de voo. Na nova versão, Gibão bate asas e voa com ajuda de efeitos de computação gráfica, a mesma tecnologia que será usada na explosão de Dona Redonda (Vera Holtz).

Já a primeira transa de Gibão e Marcina (Chandelly Braz), outro momento esperado na novela, não tem nada de realismo fantástico. Mas Guizé deixa claro que não foi fácil gravar as cenas de sexo: “Acho que nunca será. A melhor preparação para esse tipo de cena é a extrema concentração e a confiança nos profissionais envolvidos. Tenho muita sorte, pois desde o começo fui muito bem amparado pela equipe e pelos diretores. Além, claro, de contracenar com essa parceira e grande atriz que é Chandelly Braz”.

Além das asas, Gibão tem visões sobre o futuro e pode mover coisas, como o sino da igreja, com a força da mente. Se pudesse ter um superpoder, o ator não teria dúvidas sobre sua escolha: “O poder sobrenatural da justiça, para implantar a paz”.

O encontro com Juca de Oliveira aconteceu no início das gravações e foi fundamental na preparação de Guizé. “Estávamos hospedados no mesmo hotel. Um dia, durante o jantar no restaurante, fiquei umas duas horas tomando coragem para falar com ele. Eu não queria atrapalhar. Não consegui elaborar nenhuma abordagem decente e fui dormir. No café da manhã, ele disse: ‘Você quer falar comigo, não é?’. Sentou do meu lado e me deu uma aula com poucas palavras”, lembra ele, agradecido a Juca.

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